"Cheguei lá, duas vezes, no dia 30 de abril, com costelas quebradas. O médico Petter André Benitez Ibannez, no laudo dele, nada identificou. Voltei horas depois com a mesma reclamação, ele bateu raio-X, mas ainda assim não identificou as costelas quebradas, mesmo eu sentindo fortes dores", relatou ao blog o Sargento reformado do Exército, Ésio Cruz, informando que recebeu apenas medicamento para aliviar as dores.
"No dia 02 de maio, ainda com fortes dores, fui até a clínica particular, Multiclinica, em específico na Chomos Imagem, fazer uma tomografia, que, de pronto, logo as imagens constataram as costelas costais fraturadas", disse.
"Misericórdia para o Raio-X e para o médico Petter André Benitez, do Hospital Deputado Murilo Aguiar, que nada sabe", disparou Ésio, e continuou, "muito antes de ser inventado o Raio-X, apenas pelo toque os médicos identificavam fraturas".
Ainda de acordo com Ésio, o médico não praticou a anamnese [entrevista com o paciente] conforme reza os dispositivos do Conselho Regional de Medicina.
Na segunda-feira (9), o sargento foi submetido a novos procedimentos médicos no Hospital Deputado Murilo Aguiar, com o médico André Cades Melo, para avaliar a gravidade das lesões e a possibilidade de procedimento cirúrgico.
Costelas quebradas
Policiais Militares teriam feito uso da força em uma abordagem contra o sargento Ésio, isso após ele ter discutido em tom acalorado com a equipe militar, da qual teria desobedecido ordens para que se retirasse de determinado ambiente no bairro Boa Esperança, na noite do dia 30 de abril. Ele teria praticado crime de "desacato".
No entanto, o exame de corpo de delito assinado pelo médico Petter André não identificou as fraturas.
Na Delegacia Regional de Policia Civil de Camocim, contra Ésio Cruz foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO.
Carlos Jardel