Entenda
Com a política de privatização dos portos no Brasil, muitos trabalhadores, antigos, puderam optar pela continuidade no trabalho ou pela indenização trabalhista, conforme Lei 8630/93. Com isso, muitos portuários camocinenses, que trabalhavam no Porto de Mucuripi, em Fortaleza, no ano 1998, optaram pela indenização e procederam com toda a burocracia, sendo que no ano de 1999, uma sentença judicial determinou ao Banco do Brasil que efetuasse, em 24h, o pagamento indenizatório dos portuários.
Os trabalhadores não receberam a indenização.
Segundo o portuário camocinense Evandro Ferreira Gomes, no ano 2000, após ser questionado, via Justiça do Trabalho, "o Banco do Brasil informou ter efetuado o pagamento, só não disse a quem".
Apurando a resposta dada pelo Banco, descobriu-se que folhas do processo indenizatório, contendo a relação dos trabalhadores a serem contemplados, segundo Evandro, teriam desaparecidos dificultando ainda mais o processo e consequentemente os trabalhadores.
"Qual interesse o banco tinha em mentir para a justiça?" , questionou o trabalhador, informando que uma ação tramita contra o Banco do Brasil por "crime contra os trabalhadores portuários, que pedem uma auditoria do banco".
"Até hoje não recebemos nenhum centavo.
Os trabalhadores estão com um advogado e todas as provas estão a disposição da Justiça.
QUEREMOS JUSTIÇA!", disse.
No vídeo acima, em entrevista a uma emissora de TV cearense, Evandro explica detalhes do imbróglio.
Carlos Jardel