Eles são muitos e estão espalhados perambulando em vários pontos da cidade como nas praias, no centro comercial e no Calçadão da Avenida Beira Mar. Alguns são abandonados e muitos fogem da proteção dos seus donos para viverem livres enfrentando os perigos das ruas, revirando os tambores de lixo em busca de alimentação, pousando de esmoler com olhar pidão diante das lanchonetes, bares ou até mesmo se degladiando com outros e, em muitos casos, inesperadamente, partindo ferozmente contra populares. Outro perigo, que o fiel amigo do homem oferece para a população, devido a falta de cuidados, é a transmissão de doenças, como o calazar, além de serem motivos de graves acidentes no trânsito.
Em várias cidades do Brasil existem associações protetoras, verdadeiros orfanatos que cuidam profissionalmente destes animais, dispensando uma forte dose de carinho para com eles. Em Camocim, que é uma cidade turística, a presença dos caninos perambulantes deveria ser pensada seriamente, não apenas pelo poder público, mas por toda a população, que deseja ter uma cidade organizada, sem precisar que o Governo Municipal determine o sacrifício destes como única medida de proteção social, como ocorreu em uma cidade do interior do Estado do Pará, onde o prefeito determinou a execução cruel dos cães.
Se alguma medida inteligente não for adotada, afim de resolver ou amenizar o problema, o número de cachorros nas ruas irá aumentar, engrossando mais ainda o rol de problemas da cidade.
Em tempo
Consideramos que até os seres humanos estão desprotegidos, imagine os animais. Contudo, refletir nunca fez mal.
Carlos Jardel
