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A reunião foi comandada
pessoalmente pelo secretário da Segurança Pública, delegado federal Servilho
Silva de Paiva, e os comandantes e delegados de todas as unidades que vão atuar
no combate ao crime, entre eles a nova chefe da Coin, delegada Adriana Câmara,
além do coronel PM José Maria Barbosa Soares, do BPE; e do chefe da
Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, coronel Adriano de Sousa
Soares Ferreira.
DIÁRIO DO NORDESTE
Também foram convidados para a
reunião representantes dos setores de inteligência dos bancos e das empresas
que atuam no setor de transporte de valores (carros-fortes).
O objetivo da reunião foi
delinear as novas estratégias que a Pasta vai adotar para a identificação,
localização e prisão dos chefes das quadrilhas que vêm assaltando os bancos no
Ceará.
O compartilhamento de
informações entre os núcleos de Inteligência e contra-inteligência e das
instituições financeiras tenta chegar, o mais rápido possível, aos ´cabeças´
dos grupos armados que estão atormentando o Interior cearense, com ataques
violentos e ousados não apenas contra as agências, mas se estendendo às
unidades policiais que contam com efetivos diminutos.
Na semana passada, em pouco
mais de 12 horas, três bancos foram assaltados no Interior e nenhum suspeito
foi preso, fato que teria levado o secretário Servilho Paiva a convocar os
chefes das unidades operacionais e de Inteligência para pedir explicações. Ao
mesmo tempo, ele teria decidido recorrer à Polícia Federal (seu órgão de
origem) para colaborar na montagem e participar da força-tarefa que vai buscar
prender as quadrilhas.
Ataques
Neste ano, já foram explodidas
agências bancárias das seguintes cidades, São Gonçalo do Amarante, Senador Sá,
Monsenhor Tabosa, Pacatuba, Jijoca de Jericoacoara, Tejuçuoca, Palmácia, Morada
Nova, Mauriti, Apuiarés, Jaguaribara, São Luís do Curu, Tamboril, Pentecoste,
São João do Jaguaribe, Baturité, Aracati, Aiuaba, Umirim, Boa Viagem,
Pindoretama, Meruoca e, por último, Frecheirinha.
Algumas agências foram
atacadas mais de uma vez neste ano, é o caso dos Municípios de Baturité,
Palmácia, Apuiarés São Gonçalo do Amarante e Monsenhor Tabosa.
Além de explosivos, as
quadrilhas estão de posse de armas de grosso calibre e muitas de uso exclusivo
das Forças Armadas, como fuzis de calibres 5.56 e 7.62. Em vários ataques, as
sedes dos destacamentos da PM e viaturas foram metralhados.
FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA