
A decisão representa um duro
golpe nas pretensões de Marina Silva de disputar pela segunda vez o Palácio do
Planalto --há exatos três anos ela saía das urnas como a terceira maior força
política nacional, tendo obtido na ocasião 19,6 milhões de votos para a
Presidência da República. Caso mantenha a intenção de se manter na disputa,
Marina terá que se filiar entre hoje e sábado a uma outra legenda --o nanico
PEN (Partido Ecológico Nacional) e o PPS são cogitados--, hipótese que ela
sempre se negou a comentar e que destoa de suas frequentes declarações de que a
criação da Rede Sustentabilidade representava um amplo “projeto de país”, não
um mero empreendimento eleitoral.
A ex-senadora compareceu à sessão
do TSE acompanhada de vários políticos e aliados que participaram da tentativa
de montagem da Rede. Na entrada, ela manifestava que estava bastante
esperançosa na aprovação de seu partido. As assinaturas de apoio à agremiação
começaram a ser recolhidas em fevereiro, mas a Rede afirma ter encontrado uma
série de dificuldades nos cartórios eleitorais, que são responsáveis por checar
se os dados recolhidos conferem com aqueles que constam do banco de dados
eleitoral.
A Rede diz ter recolhido mais de
900 mil apoios e, após triagem interna, encaminhou mais de 600 mil aos
cartórios --mas só 442,4 mil foram validados. De acordo com a última pesquisa
do Datafolha, Marina tinha 26% das intenções de voto à presidência, melhor
pontuação de candidato de oposição a Dilma, que somava 35%.