O último domingo (26) entrou para as estatísticas trágicas da violência no Ceará. Em apenas 24 horas, 18 pessoas foram assassinadas em diferentes regiões do estado, configurando o segundo dia mais violento de 2025, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (27) pelo O Povo.
Os crimes ocorreram em Fortaleza, na Região Metropolitana e também no interior. A maioria das vítimas foi morta a tiros, e entre os casos há também assassinatos brutais cometidos com faca e machado.
Fortaleza e RMF em alerta
Na capital, dois homicídios foram registrados — um deles no Conjunto Palmeiras, onde um idoso de 71 anos foi morto, e outro no bairro Mondubim. Já na Região Metropolitana de Fortaleza, o número impressiona: nove assassinatos em um único dia.
Em Caucaia, uma mulher de 48 anos foi executada a tiros. Em Maracanaú, outra mulher, de 30 anos, foi morta com golpes de machado. Houve ainda registros de mortes violentas em Cascavel, Paracuru, Paraipaba e São Gonçalo do Amarante.
Violência também no interior
No interior, o cenário não foi diferente. Houve homicídios em Sobral, Itarema, Itatira, Quixadá, Russas, Parambu e Brejo Santo.
Um dos casos que mais repercutiu foi o do influenciador digital Gefferson Willian dos Santos, conhecido como “Rei do Fuá”, assassinado com 17 tiros em frente à própria casa, no município de Brejo Santo.
Seis mulheres mortas em três dias
Entre sexta (24) e domingo (26), seis mulheres foram assassinadas no Ceará, em circunstâncias diversas, algumas com requintes de crueldade. A sequência de crimes reacende o debate sobre a escalada da violência de gênero no estado.
Investigações em andamento
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que todas as ocorrências estão sendo investigadas pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar e da Perícia Forense. Até o momento, nenhum balanço de prisões foi divulgado.
Um retrato preocupante
A sequência de mortes expõe a fragilidade da segurança pública e reforça o sentimento de medo que atinge os cearenses. Do litoral ao sertão, a violência tem se mostrado cada vez mais disseminada , e com níveis de brutalidade crescentes.
Carlos Jardel
Via O POVO

