Lula acusa Bolsonaro de fugir 'como rato' e defende punição por tentativa de golpe - Revista Camocim

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Lula acusa Bolsonaro de fugir 'como rato' e defende punição por tentativa de golpe



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas a Jair Bolsonaro (PL) afirmando que o ex-parlamentar fugiu do País como um "rato" após tentar aplicar um golpe de Estado para impedir a sua posse em 2023.



Em declaração nesta quinta-feira (24), Lula disse ainda que o filho do ex-presidente, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, pediu intervenção de Donald Trump sobre a operação que determinou medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica. Lula também chamou Eduardo de "moleque irresponsável".



"O cara que tentou dar um golpe, para não dar posse para mim e não teve vontade de me esperar, fugiu como um rato foge, fez as bobagens que fez, e mandou o filho dele, sair de deputado federal e ir para Washington pedir para que o presidente Trump intervenha no Brasil", disse Lula.



O presidente afirmou que a atitude da família Bolsonaro é "falta de caráter e coragem" e declarou que Bolsonaro deve ser punido pelos crimes pelos quais está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).



"É uma vergonha, isso é uma falta de caráter, é falta de coragem. Fez as ‘m.....’ que fez? Pague pelas ‘m..... que fez, e respeite o povo brasileiro", argumentou.



Ainda durante as declarações,Lula afirmou que, se a Justiça decidir, Bolsonaro "vai para o xilindró".



"Nem sei como aquele cara chegou a ser tenente do Exército. Se borrou todo. Perdeu as eleições, ficou dentro de casa chorando, chorando: ‘Ah, não podemos deixar o Lula tomar posse, não podemos deixar". Preparou um golpe, nós ficamos sabendo, a polícia investigou. Eles mesmo se delataram, agora ele foi indiciado, o procurador-geral pediu a condenação dele e ele vai, sim senhor, se a Justiça decidir, com base nos autos do processo, ele vai para o xilindró".



Medidas cautelares



Desde que foi penalizado pelo STF na última sexta-feira (18), Bolsonaro deve utilizar tornozeleira eletrônica, permanecer em casa durante as noites da semana e todo o fim de semana, não pode utilizar redes sociais e nem conversar com outros investigados no inquérito que trata da tentativa de golpe de Estado após as últimas eleições gerais.



Durante uma visita ao Congresso Nacional, o ex-chefe de Estado posou para fotos ao lado de aliados e apareceu em redes sociais. Contudo, a defesa alega que as postagens não foram feitas ou solicitadas por ele, o que, em tese, não contraria a determinação do Supremo.



"O Embargante [Bolsonaro] jamais cogitou que estava proibido de conceder entrevistas, que podem ser replicadas em redes sociais e, ao que consta, a Colenda Primeira Turma não parece ter referendado tal proibição", argumentaram os advogados do ex-presidente.



A defesa reforçou ainda que Bolsonaro tem observado "rigorosamente as regras de recolhimento" e pediu que o STF explique os "exatos termos da proibição de utilização de mídias sociais" e se a restrição se estende à concessão de entrevistas à imprensa.



Com informações: Diário do Nordeste