Genaro e Monique, pais de Heitor, um adolescente de 13 anos, divulgaram neste domingo (4) uma nota à imprensa denunciando a agressão sofrida pelo filho dentro do condomínio onde residem, em Sobral. Segundo eles, o menino foi atacado de forma “covarde, gratuita e desproporcional” por um adulto, sem qualquer envolvimento em conflitos prévios.
Na nota, o casal afirma que “nenhuma justificativa pode legitimar o uso de violência física desproporcional e brutal contra uma criança absolutamente indefesa”. Eles também destacam que a Justiça do Ceará acolheu integralmente o parecer do Ministério Público, deferindo medidas protetivas em favor de Heitor, como a proibição de contato do agressor, acompanhamento psicossocial para a vítima e acionamento do Conselho Tutelar.
Genaro e Monique também rebatem a versão apresentada pelo agressor, que tentou justificar o ato como um gesto de “amor em estado bruto”. “Amor não se traduz em socos, empurrões e traumas. Amor se traduz em diálogo, proteção e responsabilidade”, pontuaram.
A nota termina com um apelo pela proteção da infância e confiança na Justiça. O casal afirma repudiar qualquer tentativa de distorcer os fatos e alerta: “Toda criança tem direito a viver, brincar e crescer em um ambiente livre de medo, agressão e impunidade.”
Confira abaixo a íntegra da nota divulgada por Genaro e Monique.
NOTA À IMPRENSA – PELA VERDADE E EM DEFESA DA INFÂNCIA
Diante da repercussão pública do caso envolvendo a agressão covarde praticada contra nosso filho, uma criança de apenas 13 anos, nas dependências do nosso condomínio residencial em Sobral, entendemos ser dever das famílias e da sociedade reafirmar, com firmeza, que nenhuma justificativa pode legitimar o uso de violência física desproporcional e brutal contra uma criança absolutamente indefesa.
A Justiça do Estado do Ceará, sensível à gravidade dos fatos, acolheu integralmente o parecer do Ministério Público e deferiu medidas protetivas em favor do nosso filho, entre elas: proibição de contato e de aproximação do agressor, encaminhamento do nosso filho à rede de apoio psicossocial e comunicação imediata ao Conselho Tutelar.
Tais medidas deixam clara a gravidade e a reprovabilidade da conduta praticada, bem como a urgência em garantir a integridade física e emocional do Heitor.
É preciso ressaltar que, conforme consta nos autos e nas imagens do circuito de segurança analisadas pelas autoridades, o nosso filho, apesar de estar na quadra, não estava envolvido em qualquer conflito anterior, tampouco era a criança supostamente em desentendimento com o filho do agressor. A agressão, além de gratuita, cruel e súbita foi absolutamente desproporcional.
Neste cenário, causa perplexidade a "nota pública" divulgada pelo agressor, na qual tenta inverter a narrativa dos fatos, alegando agir “em desespero” e justificando seu ato como se fosse uma manifestação de “amor em estado bruto”. Amor não se traduz em socos, empurrões e traumas. Amor se traduz em diálogo, proteção e responsabilidade. A violência contra uma criança — ainda mais inocente na situação — jamais encontrará abrigo em retóricas emocionais que tentam distorcer a realidade.
Em nome da verdade, da proteção à infância e da ordem pública, reafirmamos nossa confiança na Justiça e repudiamos veementemente qualquer tentativa de autopromoção ou distorção dos fatos para suavizar atos de violência inaceitáveis.
Que esse episódio sirva de alerta: toda criança tem direito a viver, brincar e crescer em um ambiente livre de medo, agressão e impunidade.
Sobral, 4 de maio de 2025.
Genaro e Monique.
Carlos Jardel