A chapa do vereador foi indeferida por erros dignos de calouro em política estudantil.
A Comissão Eleitoral da União dos Vereadores e Câmaras do Estado do Ceará (UVC-CE) comunicou oficialmente o indeferimento da chapa “Unidade e Inovação” — nome pomposo que, ironicamente, não conseguiu cumprir nem os requisitos básicos do edital. À frente da chapa estava o sempre destemido vereador Tenta Braga, de Umirim, que fez jus ao nome: tentou, mas ficou só na tentativa.
Segundo a Comissão, a chapa colecionava irregularidades que resistiram bravamente até o fim do prazo para correções. O resultado? Indeferimento sumário e pedagógico, como manda o figurino.
Entre os "detalhes" que levaram ao indeferimento, estão:
Chapa incompleta: Faltou gente. Nem o Conselho Consultivo nem a Diretoria Seccional 11 foram lembrados na hora de montar o time. Talvez a inovação proposta pela chapa fosse justamente essa: governar com menos.
Duplicidade de nomes: Dois candidatos (Alexandre Lopes e Priscila Magalhães) apareceram mais de uma vez, em desrespeito ao Estatuto da UVC. Priscila até confirmou que queria ficar, mas o estrago já estava feito. Detalhes técnicos demais, né?
Nomeação irregular do Procurador Geral Adjunto: Raimundo Nunes da Mata foi indicado, mas de maneira tão atrapalhada que a comissão nem conseguiu explicar direito o problema. Mistério digno de CPI.
Tudo isso foi feito, claro, em total desacordo com o Estatuto da UVC e o Edital 02/2025. O que dizer? A legalidade que lute.
Agora, um detalhe que não poderia faltar: Tenta Braga, além de ser um fervoroso defensor do Bolsonarismo, é conhecido por uma pauta no mínimo excêntrica, como o emblemático posicionamento contra o aumento de salário para vereadores. Coerência é isso aí!
Já imaginou, os vereadores louco por dinheiro e um presidente da UVC ser contra o aumento de salários?
E o mais pitoresco: mesmo sendo crítico do PT, Braga não hesitou em buscar votos dos próprios vereadores petistas para sua candidatura. Afinal, em época de eleição, vale tudo — menos ler o edital, pelo visto.
Carlos Jardel