Assista o vídeo AQUI no tempo de 1h40min
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O vídeo do discurso do vereador Marcos Coelho, proferido na Tribuna da Câmara na última quarta-feira, 12, Após a transmissão ao vivo pelo Instagram da Câmara e pela TV Câmara no YouTube, o conteúdo foi restringido e, quando finalmente liberado quase 24 horas depois, apresentava cortes e falhas no áudio justamente no momento em que o vereador fazia sua defesa contra ataques recebidos na sessão anterior.
O que aconteceu? Um erro técnico ou uma decisão intencional?
Na sessão anterior, conforme noticiado pelo Revista Camocim, Coelho teve sua atuação como advogado questionada pelo vereador Dinho do Frango e, ao tentar responder, teve o direito negado pelo presidente da Casa, Emanoel Vieira, que inicialmente o concedera. Já na última quarta-feira 12, Coelho discursou fortemente em sua defesa e, no linguajar bem popular, "jantou" Dinho do Frango e o presidente Vieira. Foi uma verdadeira aula, que deixou constrangidos os dois membros da mesa diretora da Casa.
O problema é que, ao final da transmissão, o vídeo desapareceu por quase um dia e, quando retornou, estava comprometido. Poderia ser apenas um erro técnico? Sim, mas a coincidência ergue questionamentos legítimos. Se não foi censura, foi no mínimo uma falha grave na transparência da Câmara, que deve garantir à população o acesso irrestrito às falas dos vereadores.
Se alguém discorda de um discurso, o caminho democrático é contestá-lo, rebatê-lo com argumentos, levá-lo ao debate público, recorrer às comissões da Casa ou até à Justiça, se necessário. O que não pode acontecer é qualquer ação que possa ser interpretada como tentativa de cercear a livre expressão no parlamento.
O Revista Camocim, há 12 anos, acompanha de perto a atuação do Legislativo camocinense, noticiando avanços, polêmicas e bastidores, sempre com o compromisso de oferecer informações completas à população. Por isso, reforçamos a importância da transparência e do respeito à liberdade de expressão.
Como bem resume a célebre frase atribuída ao filósofo Voltaire: "Não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la."
Fica a reflexão: erro técnico ou não, que a presidência da Câmara reforce seu compromisso com a democracia.
Carlos Jardel
