Devido à mania de grandeza dos governantes, os feirantes vivem um regime de escravidão.
Quando reclamam da falta de higiene, infraestrutura, acesso, segurança e outros itens importantes para o funcionamento do mercado, recebem sátiras e escárnios que mais prejudicam do que ajudam.
Assim, feirantes, consumidores e turistas se tornam reféns das pragas do mercado público.
Certa vez, foi contratada uma empresa para a limpeza de fossas, que utiliza mangueiras para sugar os dejetos. A mangueira não suportou, e parte dos líquidos contaminados foi transportada em recipientes inadequados, o que gerou contaminação, fedentina e riscos. O que já era ruim piorou consideravelmente.
Dessa forma, surgiram as pragas que não são de Deus:
- Contaminação por falta de higiene;
- Infestação de roedores;
- Infestação de moscas;
- Presença de cães doentes, abandonados e famintos;
- Favelização do espaço público;
- Falta de infraestrutura;
- Violação do patrimônio;
- Dívida astronômica (ver valores);
- Gestão fraudulenta sem fiscalização;
- Falta de segurança, que gera a morte de vulneráveis (dependentes químicos, mendigos e pessoas em situação de rua).
Poderíamos ainda falar da ausência da vigilância sanitária, da descaracterização da fachada e da falta de políticas públicas de acolhimento para pessoas em situação de rua.
Deixamos essa reflexão e alguns questionamentos.
Visite mercados de municípios da região e compare.
Se você tiver coragem e estiver com a vacina antitetânica em dia, suba ao segundo pavimento e contemple a beira-mar, se puder.
Todo esse texto foi inspirado no laudo do Corpo de Bombeiros.