No Mercado de Camocim foi aplicado o 'Regime de Faraó'. - Revista Camocim

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

No Mercado de Camocim foi aplicado o 'Regime de Faraó'.



Devido à mania de grandeza dos governantes, os feirantes vivem um regime de escravidão.


Quando reclamam da falta de higiene, infraestrutura, acesso, segurança e outros itens importantes para o funcionamento do mercado, recebem sátiras e escárnios que mais prejudicam do que ajudam.


Assim, feirantes, consumidores e turistas se tornam reféns das pragas do mercado público.


Certa vez, foi contratada uma empresa para a limpeza de fossas, que utiliza mangueiras para sugar os dejetos. A mangueira não suportou, e parte dos líquidos contaminados foi transportada em recipientes inadequados, o que gerou contaminação, fedentina e riscos. O que já era ruim piorou consideravelmente.


Dessa forma, surgiram as pragas que não são de Deus:


  1. Contaminação por falta de higiene;
  2. Infestação de roedores;
  3. Infestação de moscas;
  4. Presença de cães doentes, abandonados e famintos;
  5. Favelização do espaço público;
  6. Falta de infraestrutura;
  7. Violação do patrimônio;
  8. Dívida astronômica (ver valores);
  9. Gestão fraudulenta sem fiscalização;
  10. Falta de segurança, que gera a morte de vulneráveis (dependentes químicos, mendigos e pessoas em situação de rua).

Poderíamos ainda falar da ausência da vigilância sanitária, da descaracterização da fachada e da falta de políticas públicas de acolhimento para pessoas em situação de rua.


Deixamos essa reflexão e alguns questionamentos.


Visite mercados de municípios da região e compare.


Se você tiver coragem e estiver com a vacina antitetânica em dia, suba ao segundo pavimento e contemple a beira-mar, se puder.


Todo esse texto foi inspirado no laudo do Corpo de Bombeiros.