Moradores da comunidade Flamenga do Major e adjacências, em Camocim, estão se posicionando contra a construção de um cemitério na localidade, empreendimento do grupo Funerário Plamovir. O principal questionamento envolve os potenciais prejuízos ambientais, como a poluição dos aquíferos subterrâneos e do solo da região.
Essas comunidades não dispõem de saneamento básico e se abastecem de poços artesianos, que podem ser ameaçados pela toxicidade do necrochorume e pela presença de microrganismos patogênicos produzidos no cemitério, impactando negativamente o meio ambiente e a saúde pública.
Na última quarta-feira, a Autarquia Municipal do Meio Ambiente promoveu uma audiência com representantes da empresa e das comunidades. Na ocasião, um técnico ambiental do grupo empresarial tentou convencer os moradores de que o empreendimento não apresenta riscos. No entanto, as famílias rejeitaram os argumentos e já estão se organizando para judicializar o caso, promovendo uma denúncia ao Ministério Público.
Carlos Jardel