Izolda Cela sempre teve atuação política discreta. Na verdade, resolveu se filiar a partidos políticos por pedido dos líderes aliados como Cid Gomes. Ela sempre preferiu a atuação em políticas públicas na Educação. Sempre que questionada, reforça que não há nenhuma conversa sobre possíveis candidaturas neste ano. Mas por que a filiação dela ao PSB causou tanto burburinho nos bastidores?
Izolda tem sua assinatura no projeto de educação pública do Ceará, reconhecido dentro e fora do Brasil. Vice-governadora por dois mandatos, ela comandou o governo do Estado por oito meses após a renúncia de Camilo Santana em 2022. Não conseguiu ser candidata pelo PDT, mas foi alçada ao cargo de secretária-executiva do Ministério da Educação.
O perfil técnico, a forma de conduzir a gestão pública e o processo desgastante de escolha da candidatura do PDT em 2022, em que Izolda acabou perdendo a indicação para Roberto Cláudio, deixaram uma sensação de que ela tem peso para outras empreitadas nas urnas.
Tanto é assim que vem sendo especulada como possível candidata em Sobral, sua terra natal, e em Fortaleza, a Capital do Estado.
Ao se filiar ao PSB, Izolda nega qualquer candidatura, mas a formalização de um partido abre um leque de possibilidades dentro do arco de aliança do governador Elmano de Freitas.
Cid Gomes, que também chega ao PSB, defende a tese de que, por ocupar a Presidência da República e o governo do Estado, o PT deveria apoiar alguém dos partidos aliados a prefeito de Fortaleza. Reside neste ponto o motivo do frisson que causou a filiação de Izolda, que passaria a ser uma opção.
Após abrir mão de candidatura própria em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife, conforme já abordamos nesta Coluna, o PT mira Fortaleza, a maior cidade do Nordeste. Por isso, a empreitada de Cid será difícil. Os próximos meses serão decisivos.
Diário do Nordeste