Por Frota Neto
Gostaria de dizer que nossa bela Camocim está limpa, mas não posso, porque estaria contando uma mentira. Além disso, os urubus iriam me desmentir. A verdade é que CAMOCIM ESTÁ SUJA! E não adianta dizer quer a culpa é dos moradores. NÃO É! A culpa é da secretaria e da empresa responsável e bem paga para realizar o serviço de limpeza pública. E, sabe-se lá por quais motivos, o serviço, há tempos, deixou de ser prestado com a qualidade que se exige.
Camocim é uma cidade turística, com um enorme potencial a ser responsavelmente explorado para o desenvolvimento da economia e da qualidade de vida das pessoas. E, a começar por aí, não é nada interessante receber visitantes com a casa suja, repleta de urubus no mosso principal cartão postal. Ou é?
Pensando nisso, a limpeza precisa ser planejada e executada para além da costumeira rota de carros coletores. A gestão municipal precisa revolucionar a limpeza urbana, iniciar urgentemente a introdução de uma cultura de cuidados com a cidade, passando pela ação em sala de aula, associações de moradores, sindicatos, igrejas e demais instituições que mantenham relações direta com a população.
Não tenho recordações em qual década o poder público municipal de Camocim executou uma intensa campanha de mobilização social em prol dos cuidados com a cidade, salve algumas tímidas ações de limpeza das praias com alguns voluntários, apenas para cumprir agenda nacional.
Não pode ser algo sazonal. É preciso insistir e persistir nesse propósito, que também é uma questão de saúde pública. E não estamos falando de uma mera opção, do tipo: “se der errado a gente desiste”. Não. Estamos falando de uma obrigação de ofício. Sendo bem claro: se a primeira tentativa não for bem sucedida, tenta novamente e quantas vezes se fizer necessário até se alcançar o estado normal de cuidado com a limpeza da cidade.
É preciso também cuidar dos animais abandonados nas ruas, responsáveis pelo extravio do lixo e por espalharem fezes e urinas pela cidade.
Frota Neto, empresário camocinense.