Orgulho LGBTQIA+: o amor é livre, e sua potência rompe tempos, lugares e corpos - Revista Camocim

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Orgulho LGBTQIA+: o amor é livre, e sua potência rompe tempos, lugares e corpos



Quando comecei a escrever esse texto pensei em colocar como título um convite para que aqueles que “amam livremente” o lessem. Logo, percebi o quão as pessoas que talvez “amem presas”, de sentimentos encarcerados por padrões, religiosos, desavisados e desamados precisam praticar a liberdade, nos mínimos detalhes, para além das metáforas. Pelo direito de existir, sem a alegoria dos "armários".  


Quando comecei a escrever esse texto pensei em colocar como título um convite para que aqueles que “amam livremente” o lessem. Logo, percebi o quão as pessoas que talvez “amem presas”, de sentimentos encarcerados por padrões, religiosos, desavisados e desamados precisam praticar a liberdade, nos mínimos detalhes, para além das metáforas. Pelo direito de existir, sem a alegoria dos "armários".  


Mas talvez o processo de sentir-se livre é o primeiro passo para que o amar livremente seja percebido tal qual ele é: natural. O que eu entendo sobre o que chamo de amar livremente? Muita coisa, e talvez eu pouco ou nada saiba. 


É um aprendizado diário. Justamente porque estamos a todo instante aprisionados pela necessidade de existirem palavras que possam encaixotar nossas sensações, como se algo se tornasse uma verdade apenas quando conseguimos nomear. 


Pois bem, sempre fui uma pessoa de sensações imensas, sentimentos intensos, variados, ora explosivos, ora serenados. Nem sempre de palavras faladas, mas de muitos verbos escritos, imagens devaneadas, termos criados para tentar entender o furacão que vive em mim - e em tantos de nós.


Quando comecei a escrever esse texto pensei em colocar como título um convite para que aqueles que “amam livremente” o lessem. Logo, percebi o quão as pessoas que talvez “amem presas”, de sentimentos encarcerados por padrões, religiosos, desavisados e desamados precisam praticar a liberdade, nos mínimos detalhes, para além das metáforas. Pelo direito de existir, sem a alegoria dos "armários".  


Mas talvez o processo de sentir-se livre é o primeiro passo para que o amar livremente seja percebido tal qual ele é: natural. O que eu entendo sobre o que chamo de amar livremente? Muita coisa, e talvez eu pouco ou nada saiba. 


É um aprendizado diário. Justamente porque estamos a todo instante aprisionados pela necessidade de existirem palavras que possam encaixotar nossas sensações, como se algo se tornasse uma verdade apenas quando conseguimos nomear. 


Pois bem, sempre fui uma pessoa de sensações imensas, sentimentos intensos, variados, ora explosivos, ora serenados. Nem sempre de palavras faladas, mas de muitos verbos escritos, imagens devaneadas, termos criados para tentar entender o furacão que vive em mim - e em tantos de nós.


Sempre buscando interpretar o mundo, a vida, as pessoas, as histórias. As paisagens e cenários conhecidos, e aqueles almejados.


Quando falo em amar livremente, me refiro à certeza de nem sempre precisar escolher encaixar-se. Falo de gente. De pele, corpos, homens e mulheres, e refiro-me principalmente ao íntimo de cada ser, que não precisa de rótulos para simplesmente sentir. Ser, estar e amar. 


Falo também de respeito aos amigos, irmãos, filhos, parentes, vizinhos, pais, e todo aquele que ama e expressa seus afetos entre beijos e abraços a quem quer que seja. Mas esse texto não é um julgamento aos que têm tantas lacunas nesse processo mágico de viver. 


É um pedido, mas não de socorro; é um pedido de amor, de amar: aos seus amores da vida.


Quem está pronto? Vivemos para sempre um meio do caminho, a chegada é todos os dias, em algum ponto, que vira ponto de partida, de chegada, de esperas. Mas que ancora-se a cada mínimo vestígio de amor, sejamos gays, lésbicas, bissexuais, trans, travestis ou a diversidade nas quais nos inserimos - ou não. 


O fato é que, o amor existe. (Que sorte essa nossa!) E é real. É concreto, insiste em beijos e abraços, e resiste entre os abstratos que é a poesia diária de amar. E todo mundo, absolutamente todo mundo, tem o direito a navegar nessa maré de ida e volta que é amar e ser amado. 


DAHIANA ARAÚJO

Diário do Nordeste