Preso na noite desta segunda-feira, em Brasília, o indígena José Acácio Serere Xavante, de 42 anos, "convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos", de acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF).
A Suprema Corte, por meio do ministro Alexandre de Moraes, determinou a sua prisão temporária por dez dias, a pedido da Procuradoria-Geral da República. A decisão foi cumprida no dia em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diplomado para exercer o cargo de presidente da República e resultou em um protesto de bolsonaristas na capital federal.
Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro depredou pelo menos oito carros e ônibus estacionados próximos à sede da Polícia Federal.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram Serere Xavante pelo menos duas vezes em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, nos últimos dias.
Em 9 de dezembro, o indígena disse que Lula não vai tomar posse, chamou os ministros do STF de bandidos e pediu para Bolsonaro decretar Garantia da Lei e da Ordem. Dois dias depois, ele voltou ao Palácio da Alvorada: "Não entrega o cargo da Presidência do país", pediu Serere Xavante ao presidente da República, que ficou calado.
Jornal O Globo