Um policial reformado de 55 anos foi denunciado por enforcar uma criança de apenas 6 anos de idade depois que ela cantou um jingle do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Divinópolis, Minas Gerais. O caso ocorreu no domingo (30), mas só ganhou repercussão na quinta-feira (3).
A mãe do menino registrou boletim de ocorrência e ele foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto (UPA). A criança passou por exames e em seguida foi liberada.
A mãe disse que foi buscar o filho na casa do pai dele e, ao perceber os hematomas no pescoço da criança, questionou o que tinha acontecido. “Meu filho foi com o pai na padaria buscar um lanche e um policial enforcou ele, deixando ele sem ar, até quase desmaiar”, contou a mulher.
O pai da criança reagiu e o policial soltou o menino, que caiu quase desacordado no chão. O PM reformado cometeu a agressão porque a criança manifestou apoio a Lula.
"Meu filho conta que as pessoas na padaria estavam discutindo sobre Lula e Bolsonaro. Meu filho, na inocência, disse que era Lula e cantou o jingle [do presidente eleito]. Não sei se foi o jeito que meu filho falou, mas o autor agrediu ele brutalmente deixando meu filho sem ar. Nada justifica”, disse.
A mãe afirmou que, desde então, o menino mudou de comportamento, está assustado, com medo de sair de casa e tendo pesadelos constantes. “É muita revolta, por que o agressor nem na delegacia foi. Ele alegou que era um policial e nada aconteceria com ele. Meu filho está com trauma, não dorme e quando dorme acorda gritando, pedindo ajuda dizendo que está sem ar”, desabafou.
A Polícia Militar informou que foi até a casa do agressor na noite do crime, mas não conseguiu localizá-lo. A corporação disse que, assim que acionada, “de imediato, os policiais prestaram assistência à criança e a conduziram para o atendimento médico”.
"As equipes se deslocaram até a residência do autor com o escopo de adotar as providências, porém, este não se apresentou para contar sua versão. O registro foi encerrado e entregue à Delegacia de Polícia Civil, tendo em vista o suposto fato se tratar de crime de competência da Justiça Comum”, concluiu.
A Polícia Civil disse que abriu um inquérito para investigar o caso. Até a publicação desse texto, o nome do PM não foi divulgado
via Pragmatismo