
O padre da Paróquia do Parazinho, município de Granja, Antônio Kelton, mudou para a cor amarelo os adornos da histórica Igreja Matriz de Nossa Senhora do Livramento e gerou polêmica na comunidade.
A cor original, segundo fiéis, historiadores e agentes da cultura, era branco e azul, cor do manto de 'Nossa Senhora'.
Nas redes sociais gerou-se um debate com críticas direcionadas ao pároco, que não consultou a comunidade.
"Ainda tenho esperança de alcançar essa Igreja retornar a sua cor original, azul e branco, conforme construímos, toda a minha geração, a nossa identidade o nosso sentimento de pertença com este templo; e em harmonia com o projeto inaugural do Arquiteto italiano Agostinho Balmes Odísio, discípulo de Rodin, encomendado pelo saudoso Monsenhor Vitorino de Oliveira, inaugurada pelo grande D. José Tupinambá da Frota, bispo de Sobral, diocese a que pertencíamos à época". Comentou Maria Ximenes em seu perfil no Facebook lamentando a modificação.
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Alfinetada
Quando a comunidade não tem consciência de sua participação na Igreja, o padre deita e rola, pinta e borda e fica tudo bem, porque, neste caso, constata-se a naturalizacão do autoritarismo clerical, que sempre recorre ao direito canônico para justificar tal postura...
Pois bem: o padre Kelton errou ao modificar a cor da Igreja observando apenas o seu gosto e o poder de pároco. Aliás: o padre sempre erra quando age dessa forma.
Os tempos não são mais os de "Trento". A contemporaneidade não permite mais o entendimento "Roma falou causa finita". Definitivamente, Não!
O padre, financiado pelo povo, precisa ser, no minimo, dialógico e democrático para não ser autoritário e se sentir proprietário do patrimônio religioso. Precisa abrir mão da sensação de soberania.
A regra é: ouvir a população antes de fazer besteira, como essa, na pintura da Matriz do Parazinho.
Carlos Jardel