Por Carlos Augusto, professor e historiador [Postado originalmente na rede social Instagram]
Hoje, 01 de junho de 2022, os camocinenses se despedem de mais um imóvel da sua rala e rara arquitetura. A antiga Casa do João Maia, dos Benícios, cuja varanda, outrora serviu de palanque em campanhas políticas e mais recentemente de comitê partidário, agora só será acessada por fotografias. As histórias desse local serão soterradas junto com seus escombros. Uma parte do tecido urbano se apagará para sempre.
A cada "crime" cometido contra a história do município a discussão se reacende. Quem deve preservar? O quê e como preservar? Reafirmo: como não existe uma lei de tombamento local que regulamente a questão, os casos (e as casas) ficam a depender do discernimento e dos interesses de seus proprietários.
Faz-se urgente que o município tome a dianteira regulamentando a questão, pois, se depender dos órgãos estaduais ou federais, muito breve, não restará mais nada do que foi erguido há um século.
Desta vez, não ficará pedra sobre pedra, nem livro, para contar a história.