A CPI da Covid entra a partir de agora em uma nova fase após o depoimento explosivo do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que junto do irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, detalhou aos senadores o suposto esquema de corrupção envolvendo a compra da Covaxin. Depois de muita pressão dos membros da CPI, Luis Miranda afirmou na sexta-feira (25) que o presidente Bolsonaro citou nominalmente o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao ouvir denúncias de irregularidades nas negociações da vacina indiana.
Segundo Luis Miranda, durante reunião em março, Bolsonaro disse que sabia que o deputado da base do governo estava envolvido no caso e que levaria a denúncia ao delegado-geral da Polícia Federal, o que não foi feito.
Os senadores prometeram entrar hoje com um pedido de investigação contra Bolsonaro na Procuradoria-Geral da República (PGR). Os membros da CPI dizem ter indícios suficientes de que o presidente cometeu crime de prevaricação, por supostamente não levar a denúncia adiante. Entenda mais aqui.
As suspeitas de corrupção que pairam sobre o governo chegaram à CPI da Covid após 2 meses da investigação. A imunidade de rebanho, o estímulo ao contágio, a aposta na cloroquina, a sabotagem de vacinas, o ‘gabinete paralelo’ e agora o escândalo da Covaxin estão detalhados aqui. E Natuza Nery explica as estratégias do governo e conta o que vem pela frente na CPI.
G1