Olhando pro relaxamento explicito das medidas sanitárias em Camocim, não resta dúvidas sobre a possibilidade de que uma terceira e mais agressiva onda da Covid-19 venha dar continuidade ao processo de matança no município, haja vista o grau de irresponsabilidade dos órgãos públicos e de muitos comerciantes aliados ao "saia de casa e aglomere".
Na realidade, as mortes em Camocim não pararam. A média continua sendo de quase 01 (um) óbito por dia. O mês de maio iniciou com 5.034 casos confirmados da doença e já atingiu 5.628 pessoas. O número de mortos era 136 e hoje contabiliza-se 156. Ou seja, teve um aumento de 584 contaminados e 20 óbitos, conforme o Boletim Epidemiológico da Secretária Municipal da Saúde, divulgado ontem, dia 24.
Em outras palavras, a realidade grita: "não aglomere, cumpra as medidas sanitárias e obedeça os decretos", porém essa leitura não é feita com honestidade por parte de certos setores, principalmente o de bares e restaurantes, que extrapolam horários e públicos, como foi visto no último final de semana em ambientes noturnos da Beira Mar de Camocim.
Se por um lado o pessoal desse setor tem culpa, por outro lado os órgãos públicos também tem, pois fazem vista grossa em prol da boa relação social e politica que abençoa o crime contra a saúde pública nesta pandemia. Neste caso, vista grossa é aliada das aglomerações que são os alimentos da Covid-19, dos leitos de UTs, dos sacos pretos e dos cemitérios.
Voltaremos com esse assunto noutra postagem.
Carlos Jardel
