O Vieira é especialista em gerar polêmicas na Câmara de Camocim. Em 2013 - só pra relembrar -, após passar a campanha eleitoral de 2012 atacando o grupo comandado pelo deputado Sergio Aguiar, em um passe de mágica, do nada, ele mudou de lado.
Algo fez Emanuel ver o corrupto Sérgio Aguiar se transformar em “bonzinho”. Algo o motivou a ajudar a limpar a sujeira que Sérgio fez quando foi prefeito de Camocim.
Pra piorar, o vereador “católico”, na sessão polêmica, que ficou conhecida também pelo episódio das três "raparigas do Cabaré", disse que daria a alma para o “CÃO” se tivesse sido ele um dos três que ajudou a limpar o sujo Sérgio Aguiar.
Já nesse mais recente episódio do processo que cassou o mandato do vereador Erasmo Gomes, se comprovado a denúncia contra Emanoel Vieira, além de ter dado a alma para o “Cão”, ele resolveu cometer o crime de Falsidade Ideológica, alterando informações para prejudicar o edil de oposição.
Se a alma do vereador Emanoel Vieira foi de fato negociada com o pai das trevas isso ninguém sabe. Mas tudo indica que pelo menos e em breve ele vai ter que se explicar para o Promotor de Justiça.
RELEMBRANDO O CASO
Em 2013, a Câmara Municipal de Camocim julgou as contas do deputado Sérgio Aguiar referente aos anos de 2002 à 2004, quando ele era o Prefeito da cidade. Naquela época, o hoje extinto TCM (Tribunal de Contas dos Municípios), havia reprovado as contas do ex-gestor.
Uma sessão foi marcada para o dia 07/08/2013, onde seria julgado o parecer do TCM, os vereadores seguiram as recomendações do tribunal, mantendo assim a reprovação das contas e deixando Sérgio Aguiar inelegível por 8 anos. Sérgio recorreu da decisão alegando que não teve o direito da ampla defesa. A justiça aceitou as alegações e uma nova sessão foi marcada para o dia 12/08/2013.
Emanuel Vieira, na Campanha de 2012, era um opositor ferrenho ao Sérgio Aguiar, inclusive em palanques usava termos pejorativos contra o deputado. Na primeira votação do parecer do TCM, ele se ausentou, na segunda, de uma forma inexplicável votou contra a reprovação e logo em seguida, "de mala e cuia" mudou para o lado de Sérgio, sendo hoje um dos vereadores mais defensores do deputado.
Em 2013, Sérgio contava com apenas 7 vereadores aliados, e precisava dos votos de 10 dos 15 parlamentares, ou seja: pela lógica ele teria suas contas reprovadas e ficaria inelegível por 8 anos, devido a lei da ficha limpa. Foi nesse pequeno espaço de uma semana que aconteceu o "pulo do gato", Sérgio conseguiu os 3 votos que tanto precisava, incluindo o do Vereador Emanuel.
Carlos Jardel