Basta tocar na ferida...
A prefeitura de Camocim, através de sua assessoria de comunicação, em comentário na Fan Page oficial, tentou diminuir a opinião de uma leitora que disse não ter "visto muito resultado na área da educação".
O comentário da jovem foi feito após a informação publicada de que a prefeita Monica estaria em Brasilia em busca de recursos junto ao Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação.
A página da prefeitura não deve "trocar as bolas". Não deve cair na tentação de vestir a arrogância com trajes de educação para tentar desqualificar a opinião alheia. Este papel deveria ficar com os capachos de plantão.
Já imaginou se os moderadores resolvessem comentar todos as postagens dos leitores? Iria ter que colocar os advogados da prefeitura para ficarem de plantão o dia todo na frente do computador.
"Exagero Jardel! Foi apenas um esclarecimento...". Não foi. Foi reflexo do orgulho atingido, foi atitude de que não sabe conviver com a critica.
Já existem algumas vitimas desta arrogância institucional que vieram a ser bloqueados da Fan Page oficial da prefeitura após comentários questionadores. Eu sou prova viva disto. Por várias vezes meus comentários foram apagados, até chegarem ao ponto de me bloquearem definitivamente, para evitar o contraponto.
É bom lembrar que os veículos de comunicação oficiais da prefeitura , assim como seus moderadores, são financiados com dinheiro público, do povo de Camocim. Não são de iniciativa privada, por tanto, não podem agir de qualquer jeito, censurando, apagando comentários e bloqueando as pessoas. Isso seria aceitável em páginas pessoais etc.
Em todo caso, logo abaixo, resolvemos "comentar o comentário" da prefeitura,
Leia abaixo o comentário superficial e insustentável da prefeitura.
Esses incentivos cuja prefeitura afirma existir ainda não trouxeram para o cidadão o senso de que há em Camocim uma educação realmente de qualidade. E o melhor reconhecimento é do cidadão que escuta seu filho falando bem da merenda escolar, o que ainda não é propagado por nossos alunos. Pelo contrário, ainda se tem muita queixa da merenda, tanto na questão da qualidade como no tocante à quantidade.
Ainda é grande as queixas das comunidades escolares. E não é uma crítica velada. Pelo contrário, os alunos e pais de alunos constantemente dão publicidade a pouca merenda e de baixa qualidade.
Por diversas vezes, ao longo dos últimos 4 anos, as redes sociais serviram como canal de desabafo dos alunos, como também algumas rádios ( menos as que a prefeita controla).
Reformas de papel!
Na questão das reformas, ainda são ações muito tímidas. Gasta-se mal, porque muitas vezes não se escuta as comunidades escolares.
Diversas escolas do município estão com os laboratórios de informática sucateados. Há ainda muitas salas de aulas com sérios problemas quanto à iluminação e à ventilação, mas também quanto pintura e até quanto à acomodação dos alunos.
Muitos alunos estudando em carteiras danificadas , do tempo do "ronca", sendo que as mais modernas são as de plásticos ( cadeiras de lanchonetes).
Valorização: apenas na cabeça da prefeita!
A Prefeitura peca por não efetivar a progressão dos professores na carreira, estagnada desde 2011. Assim, o dinheiro que poderia garantir um benefício estabelecido no Plano de Carreira do Magistério, acaba sobrando para favorecer o pagamento de abonos, que inclusive são questionados quanto a merreca que sobra para os profissionais.
O transporte escolar: piada da prefeitura!
O transporte escolar é outro problema que ainda incomoda muito o cidadão.
A prefeitura teria coragem de fazer uma pesquisa séria sobre a satisfação do usuário do transporte escolar?
Apenas para constar: no ano passado, vários alunos da Zona Rural que estudam na Sede, nas escolas estaduais, foram prejudicados pela a falta das famosas D20 - motoristas reclamavam da falta de pagamento -. Além disso, circulou a reclamação da visível falta de segurança em veículos sucateados, sendo conduzidos por pessoas sem habilitação, em alta velocidade, colocando em risco a vida de alunos.
A fraude mental das escolas nota 10!
Espera-se, porém, que esses indicadores mostrem, de fato, no dia a dia da sala de aula e da vida do aluno, que este aprendeu de fato os conhecimentos apropriados para aquela série, podendo avançar nos estudos, sem muitos tropeços.
Porem a prefeita ignora a falta de equipamentos que possam ajudar os profissionais no desenvolvimento de ações pedagógicas. Para comprovar isso, basta consultar os professores sobre o uso de impressoras, reprodução de cópias e reabastecimento de pinceis nas escolas.Os recursos ainda são muito limitados, fazendo com que diversos profissionais ainda precisem por a mão no bolso para desenvolver bem diversas atividades.
O controle social virou comitê politico da prefeita!
Todos os problemas poderiam ser amenizado se o controle social fosse melhor desenvolvido, e não apenas no tocante ao Conselho do Fundeb e da alimentação escolar ( que já se parecem como comitê politico da prefeita), mas também nos conselhos escolares. Há casos em que o dinheiro que entra na escola não é gerenciado com a devida participação e publicidade junto à comunidade escolar. Se a comunidade for ouvida, ela escolherá bem como gastar o dinheiro do PDDE.
Carlos Jardel,
com ajuda dos universitários.
