Vereador definiu o impedimento como “violência politica” e disse, ainda , que “Câmara começou muito mal”
No primeiro dia deste ano, a Câmara Municipal de Camocim realizou Sessão Solene de posse dos vereadores eleitos em 2016. E, na mesma Sessão, aconteceu a eleição da Mesa Diretora daquela casa legislativa, para o biênio 2017/2018. A Câmara Municipal de Camocim é composta por 15 vereadores, que tomaram posse e logo em seguida elegeram a mesa diretora. Dois candidatos disputaram a presidência e encabeçaram suas respectivas chapas. Antes do início da votação para eleger os (4) quatro componentes da Mesa, o candidato a presidente da Chapa denominada Ângelo Cornélio Beviláqua Cruz , vereador Marcos Coelho, solicitou ao presidente da Sessão, vereador Dr. Ismael, que fosse concedido um tempo para que os dois candidatos a presidente apresentassem suas propostas e respectivamente seus planos de trabalho, para o biênio 2017/2018. O vereador Marcos Coelho argumentou que os candidatos a presidente deveriam, antes de serem votados, apresentarem o que pensam sobre a gestão orçamentária, financeira, administrativa da Câmara e ainda o que eles pensam sobre a condução do processo legislativo e que deveriam, por último, informar como pretendiam promover a fiscalização sobre as ações do poder executivo.
Surpreendentemente, a Mesa Diretora dos trabalhos negou a possibilidade dos candidatos a presidentes, se pronunciarem. O que provocou um acirrado debate entre os concorrentes Marcos Coelho e Kléber Veras. Marcos, como Já dito acima, defendia que fosse concedido espaço para apresentação de suas propostas e de seu plano de trabalho, como pretendente ao cargo de Presidente da Câmara. Já Kléber, se posicionou de forma contrária, ou seja: pela não apresentação de propostas e de plano de trabalho. E Alegou que o público que lá estava, teria vindo por outros motivos, não para ouvir propostas. Replicando, Marcos Coelho disse que respeitava e até admirava a postura politica de Kléber Veras mas que ficou “surpreendido negativamente” com sua atitude que “patrocinava a violência politica no parlamento”, já que impedia os candidatos, ao cargo máximo do Poder Legislativo, de explicarem as razões e os motivos que os levava a disputar tão relevante função pública.
A “violência politica”, referida pelo candidato a presidente Marcos Coelho, é explicada em virtude da postura da esmagadora maioria da composição da Câmara, que é formada por vereadores aliados a prefeita Monica Aguiar. E que não concordaram com a saudável discussão sobre os temas relativos a administração da Câmara, ao seu processo legislativo e a sua fiscalização sobre os recursos públicos. Ao concluir sua fala, o vereador Marcos Coelho exclamou que “começava muito mal os trabalhos da Câmara Municipal”, pois aquele gesto de impedir o seu pronunciamento poderia ser o retrato de que as futuras votações, sobre os diferentes projetos que tramitarão naquela Casa Legislativa, sempre serão realizadas “como um trator da maioria atropelando, anti-democraticamente , as propostas da minoria”. E citou o exemplo da Legislatura passada onde a contribuição da iluminação pública foi votada, sem ouvir o povo, através de audiências públicas.
A Sessão seguiu adiante sem as falas dos dois pretendentes ao cargo de Presidente, consagrando-se vitoriosa, a chapa “Kleber Pessoa Navarro Veras”, que era formada pelos Vereadores Kleber Veras(Presidente), Oliveira da Pesqueira(Vice-presidente), Lúcia da Ematerce (1ª Secretaria) e Dr. Ismael(2º Secretário).
Sobre as denominações das chapas e a história politica de Camocim:
As denominações das duas chapas foi uma ideia do Vereador Marcos Coelho. Kleber Pessoa Navarro Veras foi Vereador em Camocim e era pai do Presidente eleito, Kleber Veras. E Ângelo Cornélio Beviláqua Cruz também foi Vereador e chegou a Presidência da Câmara, e era, respectivamente, tio e avô dos Vereadores Marcos Coelho e Juliano Cruz.
Carlos Jardel