Autoridades e cidadãos pediram mais representação e participação da sociedade nos meios de comunicação pública. “É preciso que a sociedade enxergue nos veículos de comunicação pública não o governo, mas ela mesma, com todas as suas contradições”, afirmou o secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Mario Borgneth. Ele defendeu um modelo multidirecional de comunicação nos meios públicos, ou seja, com mais canais de participação da sociedade e com a utilização das novas tecnologias para essa colaboração do público.
O assunto foi discutido na última sexta-feira (14) no Fórum de Comunicação Pública. O evento é organizado pela Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão em parceria com a Secretaria de Comunicação da Câmara.
Segundo Borgneth, a inovação deve estar presente nos veículos de comunicação pública, ainda mais do que nos veículos privados. Borgneth também pediu prioridade para a programação voltada para as crianças e a juventude nos veículos públicos, o que, segundo ele, não vem ocorrendo hoje. Além disso, defendeu o fortalecimento dos meios estatais de comunicação, para que os governos não façam uso dos veículos públicos, pertencentes à sociedade, para se comunicar.
Vários cidadãos se manifestaram, durante os debates, criticando a programação da Rede TV Cultura, a falta de representação da sociedade no veículo e a interferência no governo do estado de São Paulo no canal público.
O coordenador nacional da Rede TV Cultura, Fábio Borba, afirmou que a rede também tem implementado a convergência de linguagem, mídias e conteúdos. “A Cultura também experimenta a multiprogramação desde 2009”, afirmou. Segundo o diretor técnico da TV Cultura, Gilvani Moletta, cerca de 45% dos investimentos total da emissora hoje é direcionado para as experiências de convergência.
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