CAMILO DEIXA PT DE FORA DA TRANSIÇÃO E CONFIRMA: O CIDISMO CONTINUA FIRME NO PODER - Revista Camocim


Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas

Clique na imagem e conheça nossos produtos e ofertas


Clique na imagem e fale com a gente

Em Camocim, hospede-se nos hotéis Ilha Park e Ilha Praia Hotel. Clique na imagem e faça sua reserva




sábado, 15 de novembro de 2014

CAMILO DEIXA PT DE FORA DA TRANSIÇÃO E CONFIRMA: O CIDISMO CONTINUA FIRME NO PODER

O governador eleito Camilo Santana (PT) definiu os nomes para sua equipe de transição: a vice-governadora Izolda Cela (Pros), o deputado estadual e ex-secretário da Fazenda Mauro Filho (Pros), o chefe de Gabinete de Cid Gomes, Danilo Serpa (Pros), o secretário adjunto do Planejamento, Orçamento e Gestão, Carlos Eduardo Sobreira, e o pai do governador, Eudoro Santana. 

Continuísmo 
O PT ficou de fora. É possível dizer que a sigla está contemplada com o próprio Camilo, mas o fato é que o governador eleito nunca figurou como liderança do petismo no Ceará. Na verdade, ele sempre foi visto mais como um expoente do grupo ironicamente chamado de “PT cidista”. Outra justificativa seria alegar que os nomes foram escolhidos pelo critério de conhecimento da atual gestão. No entanto, se é assim, de onde virão as novas ideias? De Eudoro Santana? Sem integrantes que incorporem a visão da nova gestão para as prometidas correções de rumos, a equipe não sugere continuidade, mas continuísmo puro e simples. 

Transição é o momento em que a nova equipe passa a se inteirar dos detalhes da gestão anterior, mas como está, feita por nomes que já são do Executivo, não há transição, mas manutenção da atual linha de governo. É o terceiro mandato de Cid. 

Desconfiança 
Como na política todo ato tem um significado simbólico, o anúncio deixa transparecer que existe, se não uma desconfiança, uma falta de afinidade política entre Camilo e o comando estadual do seu partido. O Pros teria mesmo grande espaço, disso ninguém duvidava, afinal, o partido tem maioria na Assembleia Legislativa e foi quem, na prática, bancou a campanha de Camilo. Prova disso foi que o padrão visual da campanha foi o amarelo e não o tradicional vermelho, fato que causou algum constrangimento interno no PT. Além do mais, Cid Gomes não escolheria um candidato que, eleito, transferisse o núcleo do poder para outras paragens. Mas daí a ver o PT excluído desse momento, vai uma distância grande. 

O fato é que nesse processo de transição, o Pros – que é, como sempre digo, a sigla de aluguel que hoje abriga o grupo político liderado pelos Ferreira Gomes -, continua como o centro gravitacional em torno do qual orbitam as demais forças governistas. Dificilmente a Casa Civil, a Fazenda, a Infraestrutura, a Segurança, a Educação e o Turismo, pastas poderosas e estratégicas, ficarão com indicações do PT. 

Coadjuvante 
Resta aos petistas agora esperarem por algum prêmio de consolação, algumas secretarias de menor porte e importância, como Pesca ou Esporte. É claro que o partido vai reclamar, pressionar, jogar duro, para tentar ocupar espaços de maior relevância. Pode até conseguir barganhar algo, mas a perspectiva de que o arranjo governista fosse formado a partir da primazia do PT seguido dos demais aliados desmoronou. Se o petismo chegou a sonhar com algum protagonismo, pode acordar, pois começa o governo Camilo como coadjuvante. 

A essa altura, Luizianne Lins deve dizer assim para José Guimarães: “Eu avisei”.

Tribuna do Ceará