O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, na terça-feira (23), indeferida a candidatura do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), barrada com base na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos condenados pela segunda instância da Justiça.A decisão ainda é cabível de recurso ao tribunal e ao Supremo Tribunal federal, e o candidato ainda pode continuar fazendo campanha.
Mesmo ainda com a possibilidade de ter seu registro aceito, a decisão do TSE é preocupante para Maluf, pois encerrou-se, no último dia 15, o prazo para a substituição de candidatos com registros indeferidos. Com isso, substituir o próprio nome por familiares, saída comum de políticos fichas-sujas para se manterem, de certa forma, na disputa, deixa de ser uma opção para o deputado.
Entenda o caso
No início deste mês, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) indeferiu a candidatura de Maluf por improbidade administrativa. O órgão considerou que houve irregularidades nos contratos de construção do Complexo Viário Ayrton Senna quando o deputado era prefeito da cidade.
Paulo Maluf e seu filho, Flávio Maluf, desde 2010 figuram na lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) a pedido da Justiça de Nova York. O político é acusado de desviar dinheiro público da obra da Avenida Água Espraiada, atual Jornalista Roberto Marinho, em São Paulo. A verba teria passado por instituições norte-americanas.
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