Os quatro candidatos ao
Governo do Estado – Ailton Lopes (Psol), Camilo Santana (PT), Eliane Novais
(PSB) e Eunício Oliveira (PMDB) - participaram ontem de debate promovido pela
TV O POVO. Neste que foi o primeiro debate com os candidatos na televisão
cearense nestas eleições, cada um deles ficou no centro da roda durante um
bloco, formato que proporcionou discussão mais direta entre eles.
O debate foi marcado por
críticas de Ailton e Eliane a Eunício, líder nas pesquisas. Por sorteio, Camilo
foi o primeiro a ir para o centro. Na pergunta que Eunício fez a ele,
questionou sobre seu “fracasso” como secretário das Cidades, na instalação de
aterros sanitários no Estado, que deve ser feita pelos municípios com auxílio do
Estado até 2014. “Temos recursos garantidos para aterros sanitários no Cariri,
em Sobral e em Limoeiro do Norte”, respondeu Camilo. Ele destacou, porém, que a
responsabilidade era dos municípios, cabendo ao Estado o suporte. “O Ceará foi
o Estado que mais avançou nessa área no Nordeste”, acrescentou.
Quando Aílton esteve no
centro, Eunício lhe perguntou o que ele faria para combater a corrupção. “Eu
que lhe perguntaria”, respondeu Ailton, questionando doações eleitorais de
empresas que depois fecham contratos com o governo.
Quando Eunício ficou no centro
da roda, os dois voltaram a ter embate. Ailton perguntou ao senador por que só
em abril o secretário que indicou para a área de Recursos Hídricos, César
Pinheiro, deixou o cargo, já que, segundo Eunício, o governador Cid Gomes não
dialogava com o secretário. “No primeiro governo Cid tinha diálogo”, explicou
Eunício.
Já Eliane abordou denúncia
veiculada na imprensa nacional sobre captação irregular de água no lago
Paranoá, em Brasília, para uma casa de Eunício. Segundo ele, a água vem de um
lago que existe dentro de seu terreno. “Se você quiser ir a Brasília, pode ir à
minha casa verificar se tem isso”, respondeu Eunício.
Eliane foi questionada por
Aílton sobre o apoio do PSB à “oligarquia Ferreira Gomes”. Segundo ela, o convite
de filiação a Cid e seu grupo partiu da direção nacional. “Discutimos um pacto
de convencia conosco, que eles (Gomes) não respeitaram”.
O POVO
