"... Quando as criticas partem de uma minoria inconformada com o sucesso e com a alegria das pessoas..." insinuou a prefeita
Logo em seguida, a prefeita, que
já foi cassada pela Justiça de primeira instância por corrupção eleitoral,
soltou a seguinte pérola:
“Quando a gente recebe criticas
positivas, quando encontra um amigo que pede agilidade numa ação, isso a gente recebe
como alguém que está querendo ajudar a cidade, como alguém que está querendo
ver as coisas acontecerem”, disse concluindo o raciocínio e garantindo que quando
se trata de uma critica em “prol da cidade, da coletividade”, ela vai entender plenamente.
Então, sendo assim, partindo da
reflexão da “humilde e compreensível prefeita”, imagino que ela gosta, e
muito, do Revista Camocim, pois, apesar dos bajuladores, aqueles que chamamos
de subalternos do baixo clero, digam que não queremos o bem da cidade, nossa
critica visa melhorar as ruas esburacadas, o calçadão da Avenida Beira Mar, o
sistema educacional, o sistema municipal de saúde, o trânsito, a merenda escolar
etc.
O problema é que o GCP, e sua
filial, imagina que o direito de criticar é exclusivo de apenas um grupo
politico, e que a critica fora do padrão deles não serve, logo seria uma chacota
ou uma espécie de revolta com o governo da oligarquia cara de pau.
Ainda no mesmo assunto, a prefeita
insinuou que as criticas partem de uma minoria “incomodada com o sucesso e com
a alegria das pessoas”.
Agora, o que seria uma minoria
pra prefeita e o sucesso e alegria das pessoas? Seria então o desconforto de
centenas de pessoas desempregadas no
episódio do concurso público, que ela fez questão de acionar a justiça prejudicando várias famílias?
Seria então, blá blá, a alegria
de esperar meses e meses por uma consulta ou a realização de exames num destes
postos de saúde que foram pintados? Ou
alegres com o Samu e o atendimento da ambulância nos casos de acidentes de trânsito?
O povo deve estar muito alegre
com as ruas esburacadas. Os funcionários da saúde devem estar alegres com o
corte de alguns adicionais em seus salários. Os agentes da Guarda e da Sutran
estão amando o salário de miséria que a senhora paga, e mais ainda, estão
amando o reajuste que a senhora não deu.
Por conta disso, a minoria inconformada com o sucesso, se alegra com o caótico trânsito e com a falta de fiscalização.
Recentemente o povo soltou fogos
de artificio, ao ter conhecimento dos milionários repasses que a
prefeitura faz para o hospital que sua família administra, cujo atendimento vai
de mal a pior. Este mesmo povo, minoria critica, deve ter ficado alegre também
com o pagamento do combustível, uma absurdo!
Será, prefeita, que a alegria do povo é referente aos dados do Spaece, um dos piores do estado do Ceará e o pior da 4ª CREDE? Ou é por conta do esporte fracassado da cidade?
Será, prefeita, que a alegria do povo é referente aos dados do Spaece, um dos piores do estado do Ceará e o pior da 4ª CREDE? Ou é por conta do esporte fracassado da cidade?
Imagino que o povo mais alegre
deve ser os seus cabos eleitorais que, apontados a dedo, foram contratados no
lugar dos aprovados que estudaram para passar no concurso, mas que são ignorados pela senhora.
Mas, como vossa excelência é
muito humilde e entende plenamente as criticas, deve estar satisfeita com nossa
colaboração generosa.
Carlos Jardel