Sete pacientes do Hospital de
Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM) morreram após contaminação com
a bactéria Acinetobacter baumannii. As mortes começaram no início de abril e as
duas últimas foram registradas na última sexta-feira, 10. Um paciente infectado
pela bactéria está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
A direção do hospital nega que as mortes estejam relacionadas a este tipo de
contaminação.
Segundo Bráulio Matias, médico
infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção do hospital, as
três primeiras mortes ocorreram em abril, nos dias 7, 20 e 29, e a quarta, no
dia 1º de maio. Foi quando o hospital começou a tomar medidas para prevenir que
outros pacientes não tivessem contato com a bactéria e que ela não se
espalhasse pelo local.
O setor 1 da emergência do
hospital passou por uma desinfecção e todos os pacientes tiveram que sair do
local. Os mais estáveis ficaram nos corredores do HM e os mais graves foram
transferidos para demais hospitais da cidade. Na ocasião, O POVO Online entrou
em contato com a assessoria de comunicação do HM, que informou que se tratava
de um procedimento "padrão" e que foi "realizado para garantir
segurança e o atendimento adequado aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)".
O local ficou fechado do dia 2 ao dia 10 de maio.
Neste intervalo, ocorreu a quinta
morte, no dia 6 de maio, e, três dias depois, mais dois pacientes faleceram. Os
nomes não foram revelados pela direção do hospital. A maioria das vítimas era
de idosos. Segundo o diretor do hospital, Ernani Ximenes, a bactéria não foi
determinante na morte dos pacientes, que já estavam em estado grave antes da
contaminação.
Um paciente contaminado pela
bactéria está internado na UTI Cardiopulmonar do Hospital de Messejana. De
acordo com Ernani, o estado de saúde é estável, mas ainda é
"preocupante" pelo paciente se encontrar na UTI do hospital.
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Redação O POVO Online com
informações da repórter Thaís Brito
