Nada ocorrendo como fora prometido pela prefeita Monica Aguiar durante a sua campanha.
Assim como prevíamos, diversos
servidores efetivos (aqueles que sempre são preteridos em favor dos
contratados) estão sendo removidos de suas unidades de lotação sob o mesmo
modus operandi que há muito tempo vem sendo utilizados pelos nossos
"bons" gestores.
Como sempre, tudo de boca.
Nada por escrito. Sem atos formais (portarias). Sem justificativas
individualizadas. Como se diz em bom cearês: a locéu. Nada ocorrendo como fora
prometido pela prefeita Monica Aguiar durante a sua campanha.
Como de costume, alguns
diretores dizem não ter nada a ver com o fato. Que tudo vem de cima - da SME.
Eles, pelo visto, não têm muita autonomia, mas aceitam ficar no cargo mesmo
assim. Afinal, o cargo deles é de confiança e "amigos defendem os seus
amigos".
Em alguns dos casos, a
informação dada aos profissionais transferidos e desvalorizados pela SME, é que
os mesmos não foram bem num suposto processo avaliativo que teria sido
realizado no ano anterior. Avaliação esta que, tal qual a música de um famoso
pagodeiro, foi como caviar: "Nunca vi, nem comi. Eu só ouço falar".
Os pedagogos e os licenciados
da SME talvez tenham esquecido que, nos bancos das universidades, lhes
ensinaram que avaliação na educação deveria ser diagnóstica. Será que o
princípio não se aplica também na gestão de pessoal das nossas unidades de
ensino?
Parece que não! Afinal,
servidores já foram removidos. E aqueles que foram pesados na balança da SME e
foram achados em falta receberam uma única sentença: transferência. Seria esta
a melhor alternativa de resolução encontrada pela SME para superar dificuldades
no desempenho de seus funcionários?
Perguntamos mais:
- Os seres avaliados não
teriam direito de saber dos resultados de suas avaliações?
- Não poderiam contestar
aquilo que fora apurado na aferição dos seus avaliadores?
- Não teriam a chance de
tentar reverter os pontos insatisfatórios com a ajuda da gestão e dos demais
membros da equipe da unidade escolar?
- Será que pelo simples fato
de remover o servidor para outro estabelecimento o seu desempenho melhorará?
E mais: como sempre, nas
transferências, reaparecem aquelas velhas "coincidências", sendo a
maioria dos transferidos simpatizantes do outro lado. Quer dizer, do outro
partido, o diferente do da prefeita. Historicamente esta é a pior avaliação que
alguém pode ter dos nossos governos antidemocráticos.
Alguns trabalhadores já estão
nos procurando para acionarmos a Justiça. Afinal, tem sido vantajoso para os
nossos "bons" governantes levar tudo para lá.
O Sindicato APEOC está pronto
para defender os seus associados quanto aos abusos deste governo. Como fez no
passado e fará sempre (ou enquanto os seus associados quiserem).
Queremos educação com qualidade?
Como? Quando?
Será que realmente é do
interesse dos nossos governantes melhorar a educação de Camocim?
Respeito aos servidores da
educação! Respeito as nossas crianças.
Sindicato APEOC - Camocim