O Revista Camocim reproduz, em negrito, artigo do Comunista Simião Brandão que ocupa o cargo de Secretário de Organização do Partido Comunista do Brasil em Camocim Ce.
Querendo compreender o que acontece no campo da política nas cidades do interior do Brasil, especialmente na cidade de Camocim que é onde eu habito, mas compreender sem ser movido pelo ódio, e nem pela bajulação metafisica abstracionista dos acontecimentos e sim pela concretude dos fatos, seja de qual for o grupo em ação. Para isso me disponho questionar, ou debater com alguém de direito, “quer dizer, com quem tem a responsabilidade de dá explicação para o povo, sobre o que acontece de certo ou errado nas administrações publicas.
Todos nós sabemos quando as coisas acontecem de bem ou mal em cada lugar onde se vive, seja elas, pela convergência de fatores que naturalmente existem e que poderá acontecer ação ou reações, até ai tudo bem, mas quando fatos indesejáveis acontecem pela displicência dos atores, que não se deram conta de evita-las ou resolvê-las, gerando problema que poderia ter sido evitado, ai é necessário que alguém seja responsabilizado e punido pelo dano que aquilo possa ter provocado, e para que sirva de lição a quem de direito mereça e deva ser chamado à atenção.
Ainda não se conhece na totalidade de onde vem o desejo de se criar obstáculo contra alguém, pelo resultado obtido em determinada disputa que haja entre grupos. Como se sabe, manifestações são realizadas no intuito de interromper o direito conquistado por outro. Essa tentativa de mudar um resultado obtido a favor do “adversário” concorrente, afastando o do seu posto, é preciso que antes de começar o trabalho, o idealizador faça uma análise do caminho que deseja percorrer, até que esteja consciente que não haja nenhuma tocaia à sua espera, como sempre acontece quando alguém se sente violentado ou ate mesmo só ameaçado. Falo isso baseado nos homicídios praticados por dois elementos sociais, são eles, o econômico e o amoroso. Digo isso para servir como alerta aos que, por qualquer a tentação, possam querer contrariar o rumo tomado pelos lacaios do sistema capitalista.
Essa é uma questão que para ter fim a sociedade ainda precisa chegar a uma cultura de pertencimento e que haja convergência entre as pessoas que começarem a se importar com tudo que acontece de certo ou de errado ao seu redor, e em todos os lados, até quando os próprios operadores do direito “ justiça” em todo Brasil também não fiquem imune perante as exigências sociais que pedem respostas, e ao reclame de cada um, sobre o direito individual que seja merecedor. Acontecem cenas “principalmente na política partidária” que choca qualquer elemento que venha estudando como se dão as relações sociais em regimes de transição. Para isso, é interessante se saber que na maioria das cidades Brasileiras as disputas eleitorais passam, e os atores continuam disputando espaços, para conquista de méritos e manutenção de status. Essa segunda disputa que acontece nos municípios, entre os grupos políticos, depois do pleito que definiu quem foi o ganhador, quase sempre é movida pela ira do que fio derrotado. Que impetra mandato de segurança na Justiça contra o ganhador. E então a peleja começa, ficando um grupo pra lá, outro pra cá, com suas fofocas e entregas que dura pelo resto da vida daqueles mais fanáticos. As lutas são organizadas em grupos para facilitar a definição do chefe, quando precisar contratar alguém, e dessa forma se tornar mais fácil não deixar que um adversário ocupe um cargo com facilidade, ate que seus correligionários tenham sidos todos bem colocados. E ali cada pessoa que arranjou aquele emprego começa à arregimentar seu crédito pessoal perante o gestor, ao ponto de não se envergonhar das sessões de inferioridade que participa e prática, que em nada avança. Ao mesmo tempo aqueles que fazem parte do grupo derrotado continua remoendo o ódio interessado que aquela gestão fracasse, e que gere um certo desconforto entre o povo, e facilite o retorno do seu grupo novamente ao poder. É aí onde esta o nó da questão, que não deixa as gestões avançarem na maioria das cidades do interior do Brasil: as pessoas que pertencem aquele grupo que se elegeu se satisfazem sob a vitória conquistada pelo seu chefe, a ponto de ele não precisar fazer nada pela cidade. Isto que vem acontecendo no interior do Brasil não é de agora, mas é sabido que, quem se elege por esses grupos, com o voto desse povo, não quer que ele se emancipe, e o povo muito menos está querendo se emancipar. A maioria prefere manter-se nos grupos, alimentando o espirito de rebanho comedor de capim, e fornecer carne ao seu pastor.
A referência deste pensamento está
na ousadia de um pensador disfarçado pela tolice desfigurado e mal entendido pelos
que alimentam o fanatismo ou os interesses pessoais dos que fazem da política
um negócio. Mas nunca para de estudar tentando compreender como as coisas se
relacionam politicamente. Mas também com uma convocatória pronta para
circular nas redes sociais, convidando a
sociedade para marcharmos juntos em busca da quarta vitória consecutiva para o Brasil, tendo a frente o campo popular de esquerda, que elegeu Lula duas vezes , e agora Dilma pela segunda
vez também, tudo isso para que o país possa continuar executando
politica de igualdade como vem acontecendo nos últimos anos. E leva para bem
longe os protestos que visem despolitizar o povo, inclusive, citando o nome de
um capitão da polícia do Ceará, que colaborou como líder de uma greve de
policiais, ondo alguns deles usavam capuz para não ser reconhecidos. Meses depois o mesmo policial ocupando uma
cadeira na Assembleia Legislativa, ficou contra a greve dos professores. Quer
dizer, para mesma política em questão ele usou dois peso e duas medidas. Espero que as autoridades de um modo geral,
tanto as polícias como a justiça acompanhe com a atenção estes fatos relatados
neste documento, se é que possam merecer de vossas partes. Porque se isto não for acompanhado
cuidadosamente pelos operadores do direito, poderá gerar um embrutecimento
generalizado na sociedade, a começar pelos que se sentirem prejudicados. No mais vamos em frente para ver em que isso
vai dá.
Mas quero avisar que não me
responsabilizo pela interpretação de ninguém, sobre esta matéria. Só me
responsabilizo pelo escrito nela.