
A proposta, que já havia sido
aprovada na Câmara dos Deputados, inclui o evento no Calendário Turístico
Nacional. Durante a procissão, milhares de fieis percorrem cerca de 15
quilômetros, do Santuário de Nossa Senhora da Assunção, no bairro Vila Velha,
até a Catedral Metropolitana de Fortaleza, no Centro da Capital, onde ocorre a
coroação da santa.
O POVO
Como relator do projeto, o
senador inácio Arruda considera o cortejo "uma tradição histórica que vem
desde os tempos do Brasil Colônia". Segundo ele, o evento não se destaca
apenas como referência no calendário religioso, mas na cultura do povo
cearense.
"É exemplo único da
religiosidade do povo brasileiro em todas as suas características, e preserva
vivas as mais antigas manifestações populares de nosso País".
Para o pároco da Catedral, padre
Clairton Alexandrino, o reconhecimento é o fortalecimento de uma ideia que
surgiu no ínício da década 2000 para valorizar Maria como um modelo a ser
seguido. Ele conta que já na primeira Caminhada em 2003, cerca de 100 mil
prestigiaram a procissão. Hoje, já são mais de um milhão de pessoas que participa
do evento, segundo contabiliza padre Clairton.
"A Caminhada é um momento de
evangelização, a homenagem não é direta a Maria, mas aos ensinamentos dela como
exemplo à igreja e aos fieis. Tornar a festa como Patrimônio Imaterial do
Brasil é fortalecer a consciência de que nós, seres humanos, estamos em
peregrinação constante à casa do pai e Maria é nosso grande exemplo porque
soube ouvir a palavra e caminhar para Deus", comemora padre Clairton.