ALIANÇAS ESTADUAIS ENTRE REDE E PSB NÃO SEGUIRÃO PLANO FEDERAL - Revista Camocim

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ALIANÇAS ESTADUAIS ENTRE REDE E PSB NÃO SEGUIRÃO PLANO FEDERAL

Eduardo Campos reconheceu as dificuldades, dizendo que problemas nos Estados o PSB tem dentro dele próprio. "Imagina quando a gente soma os dois", brincou. Já Marina disse que "o conteúdo não pode ser incoerente com a forma"

A ex-ministra Marina Silva afirmou ontem, durante o primeiro seminário programático da Rede, realizado em Brasília, e que também teve a presença de integrantes do PSB, que a aliança da Rede com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, “não é verticalizada” e admitiu que os dois partidos podem não estar juntos em alianças nos Estados nas eleições de 2014. Questionada em entrevista coletiva sobre as divergências entre a Rede e o PSB nos Estados, ela afirmou que não há obrigação de se repetir a lógica nacional - pela qual a Rede se uniu ao PSB para apoiar a candidatura presidencial de Campos. “A nossa aliança não é verticalizada, não estabelece para a lógica dos Estados a mesma lógica que temos no plano federal”, disse Marina.

E citou um exemplo: “Em alguns casos, como do Paraná, a Rede está apoiando a candidatura do PV, da deputada Rosane [Ferreira], e o PSB está mantendo o mesmo processo de discussão que já estava com o PSDB”. Outro problema é em São Paulo, onde a Rede rejeita o apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que é defendido por setores do PSB que querem aproveitar o palanque de Alckmin para Campos. Segundo Marina, a estratégia é discutir primeiro o conteúdo programático da candidatura nacional para que isso ajude na composição das alianças regionais. “O conteúdo não pode ser incoerente com a forma”, afirmou.


Campos reconheceu as dificuldades. “Problemas nos Estados o nosso partido dentro dele próprio já tem, imagina quando a gente soma os dois”, brincou. O pernambucano fez referência, sem citar diretamente, às dificuldades que o PT também enfrenta para manter alianças regionais. “Ora, há 90 dias [antes de se juntar à Rede] estávamos em uma linha, fizemos outra e hoje tem muito menos [problema] do que eles que vivem juntos todo tempo”, disse. Campos diz que há 20 Estados “com caminho muito tranquilo entre a militância da Rede e o PSB”.

O POVO