A espionagem norte-americana teria incluído até os cardeais da Igreja Católica. Conforme a revista Panorama, de Milão, que tem como sócio o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA interceptou telefonemas de vários prelados, entre os quais o argentino Jorge Mario Bergoglio, pouco antes de se tornar o papa Francisco, no dia 13 de março passado.
A revelação vem à tona depois de o site Cryptome ter noticiado que a espionagem interceptou 46 milhões de telefonemas na Itália entre dezembro de 2012 e janeiro deste ano. Historicamente cercado de segredo, quando acontece o conclave papal na Capela Sistina, na Cidade do Vaticano, um moderno sistema é instalado com os objetivos de impedir qualquer comunicação dos prelados com o mundo exterior e também que o local seja alvo de escutas clandestinas.
Citado pela Al-Jazeera, sediada em Doha, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, descartou ser de conhecimento da Santa Sé a informação: “Não estamos preocupados com isso”. A Panorama lembrou que Bergoglio é considerado ”de interesse” por serviços de espionagem norte-americana pelo menos desde 2005. (das agências)
Jornal O POVO
