Subversivo, todo poeta padece de uma subversão latente, um espírito de transgressão que o leva a descortinar a realidade, transpondo os limites entre a razão e o lúdico. Poetas e poetizas são, indubitavelmente, centelhas de esperança em meio ao caos do pragmatismo e da mecanização da vida humana. Eles nos recordam que a normalidade insustentável de nossos dias sufoca a essência do que somos ou podemos ser. O homem é bem mais do que pensa ser, embora insista em contrariar a sua natureza e o sentido maior de sua existência.
Olho a vida ao meu redor, com toda a sua efervecência trágica, mas prefiro contrariar os meus sentidos e vislumbrar o que está além do que parece tão evidente. O que é óbvio ao nosso olhar esconde sutilmente uma infinidade de possibilidades, indícios ou vestígios de um poema ainda não concluído, cujos versos só podem ser escritos pelos que tem a coragem dos desbravadores. Em cada palavra um novo mundo se desvela despertando uma parte de nós há muito esquecida.
César Rocha
César Rocha estudou filosofia durante 05 anos, é bacharel em Serviço Social, músico, Presidente Regional do Conselhos de Leigos da CNBB Nordeste I, Secretario Diocesano de Pastorais da Diocese de Tianguá e cronista do Revista Camocim.
César Rocha estudou filosofia durante 05 anos, é bacharel em Serviço Social, músico, Presidente Regional do Conselhos de Leigos da CNBB Nordeste I, Secretario Diocesano de Pastorais da Diocese de Tianguá e cronista do Revista Camocim.
