FUNCIONÁRIA PÚBLICA MUNICIPAL CONSIDERA SUA TRANSFERÊNCIA UM ATO DE PERSEGUIÇÃO POLITICA - Revista Camocim

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

FUNCIONÁRIA PÚBLICA MUNICIPAL CONSIDERA SUA TRANSFERÊNCIA UM ATO DE PERSEGUIÇÃO POLITICA

 “O MAIS IRÔNICO É QUE, AINDA ME DERAM O OFICIO DE TRANSFERÊNCIA PARA QUE EU MESMO ENTREGASSE PARA A DIRETORA DA CRECHE, ISSO É OBRIGAÇÃO DA SECRETÁRIA E NÃO MINHA. QUEREM QUE EU ME ENFORQUE E AINDA DÃO A CORDA DE BRINDE”
Romilda Chaves é funcionária efetiva do município, no cargo de Auxiliar de Higiene Bucal e durante o primeiro semestre estava lotada na Escola José Valdir, situada no Bairro Brasília. Mas como a própria relatou “fui transferida injustamente para a Creche Aurélia Bevilaqua, no Bairro Boa esperança, com a justificativa de que a Secretaria de Educação estaria preocupada com a minha integridade física”, disse.  No mês de Julho, Romilda foi agredida pela a mãe de uma aluna com um tapa na cara, daí então a secretaria de educação cogitou transferi-la, alegando preocupação com a funcionária. Neste sentido, no dia 08 de Julho, Romilda protocolou na secretaria de educação um oficio com o seguinte teor. 

“Tendo vossa senhoria me oferecido a oportunidade de remoção de lotação para outra unidade, após a agressão que sofri por parte de uma mãe de aluna da Escola José Valdir , onde atuo, venho informar que gostaria de permanecer lotada na quele estabelecimento, afinal, mantenho um bom relacionamento com todos os funcionários e toda a comunidade escolar.O caso em questão foi um farto isolado. Em toda a minha vida profissional sempre tive um bom relacionamento com chefes e colegas de trabalho.
Toda via, solicito os préstimos desta coordenadoria, no sentido de orientar a direção da escola para que, o quanto antes, tome as medidas cabíveis. Que seja realizado um encontro entre as partes envolvidas no incidente (direção, eu, mãe, funcionários que interviram), onde a agressora possa ser repreendida e firme compromisso de não insistir no mesmo erro”.

Romilda disse ao blog que depois de ser comunicada de sua transferência tentou, junto a Coordenadoria de Articulação e Gestão Escolar da Secretaria de Educação, a transferência para um local mais próximo de sua residência. A tentativa foi inútil.

“Isso é perseguição politica, suja e barata, pois a Secretaria sabia que não havia necessidade de me transferir, eu não estava correndo riscos nenhum, e a outra justificativa foi mais fraca ainda, dizer que, só por que eu estava sendo testemunha no processo movido contra a diretora que chamou uma professora de cachorra. Não tem nada haver. Eu sempre ajudei a escola no que pude , inclusive ia ajudar no reforço escolar com alguns alunos de forma voluntária. Durante todo o primeiro semestre, para não ficar sem fazer nada, eu pedi que as mães dos alunos fornecessem escova de dentes e creme dental, por que o município ainda  não disponibilizou o material para os alunos. O mais irônico é que ainda me deram o oficio de transferência para que eu mesmo entregasse para a Diretora da Creche, Isso é obrigação da secretária e não minha. Querem que eu me enforque e ainda dão a corda de brinde”, desabafou e conclui,  “Eu tive que comprar uma bicicleta para poder ir ao trabalho, foi uma despesa que não estava no meu orçamento,  e nem pensar em vir em casa na hora do almoço, por que devido a distancia eu me atrasaria. Agora vou ter que levar uma marmita e almoçar na casa de um colega que mora  próximo”. 

Carlos Jardel