Aconteceu em uma cidade bem
distante, cujo nome não se sabe ou talvez não quisessem relatar, evitando constranger
pessoas, ou quem sabe, visando garantir a integridade física e moral das mesmas,
pois caso o fato caísse na grande mídia poderia causar uma repercussão catastrófica
e com isso cabeças poderiam rolar. A
história é mais ou menos assim:
“O Comando Geral da Cidade, ávido e
louco para se lambuzar na autoridade que lhe foi concedida pelo povo, resolveu aplicar
severas medidas, aos servos do baixo escalão, prestadores de serviços permanentes em uma Repartição Matriz do Comando Geral, cuja função essencial era cuidar da
Educação do Povo.
Os simples e honestos servidores,
antes de saírem da Matriz Educacional, eram submetidos humilhantemente ao ato
de, entregar suas sacolas de panos e plásticos para um capacho de cargo maior dentro
da repartição que, as vasculhava sem dó nem piedade e quando raras vezes era interpelado pelos motivos da ação, dava a
seguinte resposta: “é apenas uma medida de prevenção, vinda do Comando Geral, para evitar que vocês levem para as suas casas, documentos ou objetos institucionais.
Vocês não tem a confiança do Comando Geral ! ”. E assim, como escravos de uma
ideologia opressora, cada servido entregava sua sacola para o vasculho
do capacho. A história conta que na região onde se localizava a cidade, em tempo algum, se ouviu falar de caso semelhante, seria por tanto, um ato inédito de tortura aos servidores de qualquer Comando Geral.
Não se relata nenhum fato que dê origem à medida adotada aos servos subalternos, e nem se sabe por quanto tempo o fato
ocorreu, pois o Comando Geral cuidou em silenciar as vítimas desta história e
procurou passar para a população mensagens de uma falsa estabilidade e de um
zelo incontestável para com as pessoas que gerenciavam a Matriz Educacional do
Comando Geral da Cidade".
(Historia fictícia, por tanto, é mera coincidência com a realidade)
Autor : SJ
Carlos Jardel