"Iniciada as obras emergenciais de desobstrução da Rodovia Barroquinha a Bitupitá", informou o deputado Romeu agradecendo ao Governador Elmano e ao Superintendente da SOP Valdecir.
Alfinetada
Cinco anos. Esse é o tempo que o problema das dunas móveis vem castigando quem tenta chegar a Bitupitá.
Cinco anos de vento, areia e omissão.
Desde 2020, a Superintendência de Obras Públicas do Ceará (SOP) tenta resolver o drama que isola moradores e turistas, mas esbarra em um obstáculo mais resistente que as próprias dunas,que é a falta de colaboração da Prefeitura de Barroquinha, comandada por Jaime Veras.
Conforme esclareceu o deputado Romeu, que esteve na SOP nesta quarta-feira (12) para tratar do caso, entre 2020 e 2022, equipes da SOP, SEMACE e ICMBio se reuniram várias vezes com a Prefeitura, e o pedido desses órgãos ao prefeito foi simples, "inclusive através de relatórios técnicos e de comunicações formais a todos os órgãos públicos competentes, é que a Prefeitura disponibilize um terreno público onde possa ser depositada a areia retirada das dunas".
Mas até hoje, a resposta nunca veio.
A engenheira civil Juliana, da equipe técnica da SOP, também deixou claro o óbvio que a Prefeitura insiste em não enxergar:
“Como bem foi dito, é fundamental que o município regularize essa atividade, definindo um terreno de domínio público devidamente licenciado, onde a areia possa ser colocada de forma controlada, sem causar novos danos ambientais”, explicou.
Em outras palavras, sem terreno, não há trabalho regularizado. E sem trabalho regularizado, o que resta é improviso e prejuízo.
Mas a verdade é que, na realidade , o que se arrasta há cinco anos não é apenas a areia sobre a estrada , é a inércia administrativa de uma gestão que prefere culpar o vento a fazer a sua parte.
Carlos Jardel

