Pacientes da Unidade Básica de Saúde Boa Esperança I relatam terem passado por uma situação de extremo desrespeito por parte de duas agentes comunitárias de saúde, sendo uma delas integrante da comissão local da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde.
Segundo o relato, ao perceberem que uma paciente estava visivelmente abalada com o estado de saúde grave de seu animal de estimação, internado e entre a vida e a morte, as profissionais reagiram com risadas, demonstrando frieza e falta de empatia 
A paciente, em momento de fragilidade emocional, esperava acolhimento ou, ao menos, respeito. No entanto, recebeu deboche por parte das agentes, que ironizaram o fato de clínicas veterinárias permitirem visitas aos tutores dos animais, muitas vezes tratados como membros da família.
Para os denunciantes, tal postura contraria a obrigação moral e funcional dos servidores públicos municipais. O Estatuto do Servidor Público Municipal estabelece, entre outros deveres, a necessidade de manter conduta compatível com a moralidade administrativa e de tratar com urbanidade a população atendida. Além disso, o Estatuto proíbe manifestações de desprezo dentro do ambiente de trabalho.
Em casos como este, o Estatuto prevê penalidades que podem ir de advertência formal até suspensão e, em situações mais graves ou reincidentes, demissão. Moradores questionam se a Secretaria de Saúde de Camocim adotará medidas disciplinares diante das queixas, especialmente considerando que já existiriam reclamações anteriores envolvendo uma das agentes citadas.
Os pacientes informam que solicitaram, e tiveram aceito pela UBS e pela Secretaria de Saúde, o pedido para não serem mais atendidos pelas referidas profissionais. Ressaltam, entretanto, que, diante do papel fundamental dos agentes comunitários de saúde na rede pública, é inadmissível que servidores tratem com desprezo o sofrimento alheio, seja ele relacionado a um familiar ou a um animal de estimação.
Os pacientes não desejam judicializar o caso, mas esperam que a administração municipal tome providências para coibir condutas semelhantes e garantir respeito aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Carlos Jardel 

