O prefeito cassado de Barroquinha, Jaime Veras, a ex-vice-prefeita Carmen Lúcia e os vereadores que também tiveram os mandatos cassados amargaram mais uma derrota na Justiça Eleitoral. Com a decisão mais recente, já são seis reveses consecutivos sofridos pelo grupo, sem conseguir reverter a cassação.
Primeiramente, perderam duas vezes em primeira instância, quando o juiz eleitoral reconheceu a prática de captação e gastos ilícitos de campanha. Em seguida, sofreram duas derrotas no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), que confirmou integralmente a sentença.
No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o resultado foi o mesmo: o grupo foi derrotado em um mandado de segurança, que teve a ordem denegada, e, agora, pela segunda vez na Corte, viu frustrada a tentativa de suspender os efeitos da decisão regional. O ministro André Mendonça, relator da tutela cautelar antecedente, negou seguimento ao pedido formulado por Carmen Lúcia, que buscava a suspensão imediata do acórdão do TRE-CE .
Na decisão, publicada em 3 de setembro, o relator deixou claro que o TSE não poderia apreciar o pedido antes do juízo de admissibilidade do recurso especial, inviabilizando a manobra jurídica .
Diante da sucessão de derrotas, cresce a crítica sobre a insistência do grupo em recorrer sem êxito. Para muitos, a situação já extrapola os limites da razoabilidade:
“É uma vergonha o candidato Jaime Veras não aceitar a derrota na Justiça”, dizem lideranças locais.
Com esse novo insucesso, o caminho jurídico do prefeito cassado e de seus aliados se mostra cada vez mais estreito, consolidando a validade da decisão que retirou o grupo do poder.
Carlos Jardel