Casa é destruída por obra de saneamento em Camocim; familia acusa empresa e prefeita de fugirem da responsabilidade - Revista Camocim

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Casa é destruída por obra de saneamento em Camocim; familia acusa empresa e prefeita de fugirem da responsabilidade



A família de dona Maria Lucilene, conhecida como Lucinha, moradora da rua Pedro Álvares Cabral, em Camocim, vive um drama desde dezembro do ano passado, quando uma obra de saneamento básico foi iniciada no local. A intervenção, que originalmente seria feita na Avenida Beira-Mar, acabou transferida para a rua estreita, que não tinha estrutura para suportar os trabalhos.




Segundo a filha, Manuela, logo após o início das obras, a residência da mãe começou a apresentar rachaduras graves, tornando-se perigosa para habitação. “Eles pediram para a gente sair da casa, dizendo que em oito dias resolveriam tudo e devolveriam a casa reformada. Mas isso nunca aconteceu. Até hoje estamos vivendo esse drama”, relatou à Rádio Meio Norte.


A família conta que a empresa responsável pelo serviço vem depositando R$ 500 mensais para o pagamento de aluguel, mas afirma que a situação ultrapassa a questão financeira. “Nós não queremos dinheiro. Queremos a reforma da casa da minha mãe. É um direito dela”, disse Manuela.


O problema se agravou pelo fato de que, pouco antes do início da obra, o pai da família havia se aposentado e feito um empréstimo de R$ 21 mil para reformar o imóvel — sonho de mais de 30 anos do casal. “Com apenas um mês de reforma, a obra destruiu tudo. Hoje eles estão sem casa, sem moradia e sem respeito nem da empresa nem da prefeitura”, denunciou.


Manuela afirma que sua mãe já procurou a prefeitura quatro vezes, mas só foi recebida em uma ocasião, sem retorno efetivo. “Não é caso de politicagem, porque inclusive a minha família todinha votou. Nunca pensamos que a retribuição seria esse total descaso”, declarou.


Emocionada, ela também expôs a situação de saúde da mãe: “Minha mãe está com início de depressão, chora, não come direito e já perdeu a esperança de voltar para a casa dela. Mas eu falei pra ela que servimos a um Deus grande e que Ele pode todas as coisas”.


Por fim, Manuela fez um apelo direto à prefeita Betinha: “Prefeita, faça o seu papel de prefeita, de mulher. Eu só peço que reformem a casa da minha mãe. Nós não estamos pedindo nada além disso.


Carlos Jardel