Pracinha do Amor: pior do que estava, ficou — e ficou de vez! - Revista Camocim

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Pracinha do Amor: pior do que estava, ficou — e ficou de vez!



Retorno mais uma vez ao assunto da Pracinha do Amor, em Camocim, porque conseguiu ficar pior do que estava! Era uma daqueles raros espaços públicos que conjugavam beleza, simplicidade e funcionalidade. Era. Agora, virou um amontoado de trailers estacionados 24 horas por dia, com equipamentos espalhados pelo calçadão como se a desordem fosse parte de algum conceito artístico alternativo.


E mais uma vez, sim, reforço: não se trata de demonizar o trabalhador, ninguém em sã consciência é contra o ganha-pão de quem depende do comércio ambulante. A crítica é outra: é contra a prefeita e a prefeitura, a gestão inoperante e a complacência com o improviso permanente.


Os trailers, bem como os demais equipamentos enrolados com lonas soltos na praça, que poderiam cumprir bem sua função durante o expediente noturno, transformaram-se em construções fixas. Resultado: a praça pública virou um mercado informal, murado por latarias e ornamentado por sabe-se lá o que no meio da praça. Planejamento? Zero. Organização? Nenhuma. É o velho hábito de ocupar o espaço público como se fosse extensão do privado, com a conivência do poder público, é claro.


O que antes era um cartão-postal, agora parece cenário de distopia urbana. A beleza cede lugar ao caos, e a função social do espaço se perde na balbúrdia institucionalizada.


Carlos Jardel