Lula reage a ameaça dos EUA com firmeza e diz: "O Brasil tem um único dono, o povo brasileiro" - Revista Camocim

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Lula reage a ameaça dos EUA com firmeza e diz: "O Brasil tem um único dono, o povo brasileiro"


Ontem à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou ao país, e não falou apenas ao povo brasileiro, falou também para o mundo. E foi direto ao ponto, diante da ameaça dos Estados Unidos de aplicar um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros. Chamou de chantagem o que é chantagem. Não teve rodeios. Mas também não teve gritaria. Falou com a calma de quem sabe o que diz e com a firmeza de quem sabe o que representa.




O presidente destacou que o Brasil tentou o caminho do diálogo. Foram mais de dez reuniões com o governo norte-americano. Apresentou uma proposta formal de negociação. Mas, em vez de uma resposta diplomática, recebeu uma ameaça, acompanhada de mentiras sobre o comércio entre os dois países.


E é aí que Lula marcou o ponto mais alto do seu discurso: rejeitou o papel de país submisso. Rejeitou a interferência estrangeira nas instituições brasileiras. Reafirmou que o Brasil tem leis, tem Justiça, tem soberania. E que ninguém, por mais poderoso que seja, tem o direito de pisar nisso.


Falou, também, da gravidade de ver brasileiros, políticos, apoiando sanções contra seu próprio país. Chamou de traidores da pátria. E é difícil discordar. Porque, quando se torce contra o país por conveniência ideológica ou eleitoral, o que se está fazendo não é política: é sabotagem.


Outro ponto importante: Lula defendeu o Pix, o controle das redes sociais, a proteção às crianças, o combate à desinformação. E deixou claro que as empresas estrangeiras, por maiores que sejam , terão de seguir as leis brasileiras. Aqui, ninguém está acima da lei.


Trouxe dados concretos. Disse que os EUA têm superávit de mais de 400 bilhões de dólares com o Brasil. Que o desmatamento da Amazônia foi cortado pela metade. E que o governo abriu, em dois anos, 379 novos mercados para produtos brasileiros no mundo. Isso não é retórica, é número, é entrega.


Por fim, Lula lembrou o essencial: o Brasil quer a paz, mas não se curva à injustiça. O Brasil acredita na cooperação, mas não aceitará imposições. E repetiu a frase que, a esta altura, já ecoa como uma mensagem de resistência: O Brasil tem um único dono, o povo brasileiro.


Foi, sem dúvida, um dos discursos mais simbólicos do atual governo. Porque ele colocou em palavras algo que há muito se pedia: altivez sem confronto, diálogo sem servidão, patriotismo sem fanatismo.


O Brasil respondeu. E respondeu como deve: com dignidade, com maturidade e com voz própria.


Carlos Jardel