A baixa procura por vacinação contra a gripe tem elevado não apenas os casos graves, mas a preocupação do Ministério da Saúde (MS) sobre o vírus da influenza – que é, hoje, o mais importante entre os agentes respiratórios que circulam no País, de acordo com o ministro Alexandre Padilha.
Em entrevista à Verdinha FM 92.5 e à TV Diário, nesta sexta-feira (4), Padilha comentou sobre a chegada de uma nova variante do coronavírus ao Ceará, a XFG, mas descartou que a Covid seja um grande problema agora.
“Neste momento, a grande preocupação das doenças respiratórias que temos no Brasil e no mundo é o vírus da influenza. Ele é que está causando o maior número de hospitalizações e óbitos”, avalia o médico e ministro da Saúde, reforçando a necessidade de busca por vacinação.
O gestor alerta que mesmo com ampliação do público-alvo para imunização contra a influenza, que pode ser aplicada em qualquer pessoa com mais de 6 meses de vida, a procura pela dose anual ainda está baixa.
“No dia 10 de maio deste ano, fizemos um grande Dia D nacional de vacinação contra a gripe. Vacinamos, no dia, três vezes mais do que o que se vacina diariamente. Mesmo assim, depois disso, as pessoas não foram se vacinar”, lamenta Padilha, reforçando que “a vacina disponível protege contra três tipos” da doença.
Existem quatro tipos de vírus influenza, popularmente chamada de gripe: A, B, C e D (este não afeta humanos). Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais.
Influenza A: tem vários subtipos (como H1N1 e H3N2) e é encontrado em várias espécies de animais além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves.
Influenza B: infecta exclusivamente os seres humanos, com duas principais linhagens (B/Yamagata e B/Victoria). Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos.
Influenza C: afeta humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, com menos impacto à saúde pública.
Diário do Nordeste