Alfinetada
O Indicador Criança Alfabetizada (ICA) 2024 revelou, mais uma vez, o óbvio: quando há seriedade, liderança e compromisso com a educação, os resultados aparecem. O Ceará, exemplo nacional, atingiu 85,3% das crianças alfabetizadas na idade certa, enfatizando ainda mais uma política pública que vem transformando o estado em referência.
Mas Barroquinha, curiosamente, resolveu seguir por um atalho , ou melhor, por um desvio, na contramão do progresso. Seu índice caiu de 96,4% para 95,7%. Alguém poderia dizer: "Ora, mas é uma queda pequena!" Sim, é verdade. Pequena no número. Enorme no simbolismo.
Enquanto o governo estadual pisa no acelerador, investindo, acompanhando e cobrando resultados, Barroquinha parece estacionada no acostamento, com o pisca-alerta ligado e o discurso pronto para justificar o injustificável.
O prefeito Jaime Veras e a secretária Arteriana certamente irão à imprensa com aquele discurso decorado: "Estamos trabalhando, é apenas uma oscilação". Pois bem. Oscilação que revela, na prática, falta de prioridade, falta de planejamento e, acima de tudo, falta de respeito com as crianças que dependem de uma alfabetização digna para sonhar com um futuro melhor.
Aos que acham exagero, lembro: cada ponto percentual perdido no ICA não é um número frio. São crianças. São histórias. São futuros que se tornam mais nebulosos porque a gestão decidiu transformar a educação em peça de propaganda, não em prioridade real.
Em vez de discursos autocelebratórios, a população espera atitudes concretas. Espera humildade para reconhecer erros, coragem para corrigir rotas e compromisso para devolver às crianças o que lhes foi tirado: a chance de aprender na hora certa.
Barroquinha precisa urgentemente parar de vender fumaça e começar a entregar resultados. O Ceará já provou que é possível. Basta querer.
Carlos Jardel
