O transporte escolar em Camocim virou caso de Justiça. Após vistorias do DETRAN revelarem falhas graves, como ausência de cintos de segurança e veículos sequer apresentados para inspeção, o Ministério Público deu um ultimato à Prefeitura: 60 dias para resolver ou responder judicialmente.
Mas o que hoje estampa os documentos oficiais já havia sido denunciado no plenário da Câmara. O vereador Juliano Cruz foi um dos poucos a subir à tribuna para questionar a realidade das famosas D20 sucateadas, ofertando riscos diários para crianças e denunciando a total omissão da gestão Aguiar. Suas críticas não foram levadas a sério. Ignoraram. Silenciaram.
Agora, com o MP agindo, a verdade salta aos olhos. Juliano não foi alarmista. Foi realista. E sua fala, tratada como exagero por alguns, mostrou-se precisa. Se tivessem ouvido, a cidade não estaria sob ameaça de ação judicial.
Não se trata apenas de má gestão. Trata-se de colocar a vida de estudantes em risco todos os dias. A situação passou do limite. O tempo da desculpa acabou. A Prefeitura tem uma escolha, que é corrigir imediatamente ou enfrentar as consequências legais e políticas.
Quantas vezes mais um vereador precisará gritar antes que alguém, finalmente, escute?
Carlos Jardel
