A Secretaria de Educação de Jijoca de Jericoacoara, Cleangêla Marçal, está escondendo informações sobre o processo licitatório da merenda escolar. No dia 6 de maio, a vereadora Professora Bené protocolou um ofício exigindo transparência sobre o tema. Até hoje, nenhuma resposta. Nenhuma linha. Nenhuma justificativa. Silêncio absoluto.
Na Câmara, quando cobrada, a líder do governo, vereadora Guilhermina Canuto, não apresentou explicações. Limitou-se a pedir “paciência”.
Alfinetada
Paciência de quem? Dos pais que veem seus filhos indo para escola com fome? Dos estudantes que passam a manhã sem uma refeição básica?
Estamos em meados de maio, às portas do fim do semestre letivo. E até agora, nada de alimentação nas escolas. Nenhum cardápio, nenhuma entrega regular, nenhum anúncio oficial sobre quando a situação será resolvida.
Enquanto isso, uma cena chamou atenção: o vereador "Fernando do Milho" — irmão do prefeito — foi flagrado entregando um caminhão carregado de espigas de milho em uma escola da comunidade do Mangue Seco.
Segundo relatos ouvidos pelo blog, o milho seria utilizado como substituto da merenda escolar. Isso mesmo: em pleno 2025, um caminhão de espiga é a solução improvisada para suprir a ausência de um serviço que deveria estar funcionando desde o primeiro dia de aula.
A denúncia é grave. Há uma tentativa clara de empurrar a situação com a barriga, de maquiar a crise com ações pontuais e improvisadas. Enquanto isso, a licitação da merenda segue oculta, sem acesso público, sem prestação de contas, sem transparência.
A omissão da Secretaria de Educação não é erro técnico. É escolha política. E essa escolha tem consequências: alunos com fome, professores desamparados, escolas desestruturadas.
O mínimo que se espera é que o Ministério Público seja acionado e que o prefeito, a secretária e todos os envolvidos respondam publicamente , com documentos, não com promessas.
Carlos Jardel