O que era pra ser uma celebração do esporte virou um episódio grotesco de mesquinharia política em Camocim, na final da Copa Tamboril, disputada entre os times Rua Escura e Cohab Granja, ambos da cidade de Granja.E que a premiação foi reduzida de forma autoritária e vergonhosa. O valor originalmente anunciado, R$ 4.500 (R$ 3.000 para o campeão e R$ 1.500 para o vice), foi rebaixado para R$ 3.000, simplesmente porque não havia time de Camocim na final.
Isso mesmo: o critério para cortar o prêmio foi político. Não foi falta de dinheiro. Não foi ajuste orçamentário. Foi birra. Um recado claro e rasteiro: se o vencedor não for "da casa", a regra muda.
O esporte foi sequestrado por gente pequena, que só sabe jogar quando tem o apito na mão. Reduzir premiação depois da bola já ter rolado não é apenas injusto, é covarde. É zombar do esforço dos atletas, das comunidades que apoiam seus times e de todo o público que acompanhou a competição com entusiasmo.
Em outras palavras, o caso é de manipulação de um campeonato com dinheiro público, usado como palanque disfarçado. A prefeitura que patrocina não tem o direito de interferir no resultado nem no merecimento de quem chegou à final com suor, não com conchavo.
A Copa Tamboril termina sob o sinal de alerta: o esporte local está nas mãos erradas. E quem assiste, joga ou apoia precisa reagir. Isso não pode passar batido.
Carlos Jardel