O prefeito Jaime Veras rompeu o silêncio para cobrar agilidade policial após disparos contra a casa de seu aliado, o vereador Júnior Magalhães. Nenhuma vítima, apenas danos. Mesmo assim, fez questão de se manifestar em tom enérgico.
Mas quando um pedreiro foi assassinado em Barroquinha, atropelado covardemente o prefeito silenciou. Por quê? Ora, porque o homicida foi Luan Magalhães, sobrinho do prefeito e do próprio vereador agora “solidarizado”. Um homem está morto. Um assassino está foragido. E o prefeito não deu uma palavra. Não pediu pressa. Não exigiu justiça.
A postura de Jaime Veras é vergonhosa. Revela o tipo de governo que protege parentes e abandona cidadãos comuns. Quando o sangue é do povo, ele se cala. Quando o incômodo atinge os seus, ele grita.
A população não precisa de um prefeito com senso de justiça hereditário. Precisa de alguém que enfrente a verdade, mesmo quando ela mora dentro de casa.
Carlos Jardel